Não há muito tempo, a propaganda soviética, que
estende seus tentáculos pelo mundo inteiro, fazia constar que o exército e a
marinha russa não tinham rival no mundo, pela eficiência de seu aparelhamento bélico, pela perfeição de suas concepções
estratégicas e pelo número incontável de homens de que dispunha.
Uma propaganda jornalística, habilmente
desenvolvida, concorreu para reforçar essa convicção por meio de fotografias de
imensas paradas realizadas em Moscou etc.
Para a civilização, diversos inconvenientes
decorriam dessas notícias, que só tinham por fruto a consolidação do prestígio
mundial do regime bolchevista.
Graças a Deus, porém, os acontecimentos diplomático-militares desenrolados na Europa de um ano para
cá provaram à saciedade que a Rússia, inteiramente desprestigiada no campo da política
internacional, não dispõe, para apoio de sua orientação diplomática, dos
recursos militares de que se jactava sua falaciosa propaganda.
Daí o recuo internacional da Rússia, e o declínio
da influência soviética no mundo inteiro.
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Essa situação tão favorável para a civilização,
transformar-se-á? Diversos indícios fazem supor que sim, uma vez que a Rússia
resolveu remodelar largamente seu aparelhamento
bélico. E um dos mais expressivos dentre esses indícios de intenso e vigoroso
rearmamento é que a marinha russa se enriqueceu agora com o cruzador mais veloz
do mundo inteiro.
Nossos leitores não apreenderão sem surpresa,
porém, uma circunstância realmente curiosa. É que esse cruzador, cujo nome é “Taschkent”, foi construído por ordem do governo fascista
nos estaleiros de Livorno, e levado a Odessa por uma guarnição
de marinheiros fascistas. Lá, o navio foi entregue às autoridades russas,
regressando a tripulação italiana para a sua pátria a bordo do navio “Orlando”.
É o que publicou, na imprensa desta capital, a agência T.O.,
inteiramente insuspeita para o fascismo...
É em um estaleiro fascista, pois, que a Rússia
encontra recursos para aumentar a eficiência de sua ação bolchevista no mundo.
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Desta notícia merece ser tirada, entre outras,
entretanto, uma conclusão fortemente anti-soviética.
Se amanhã a propaganda soviética começar a se jactar novamente de possuir
navios de guerra de grande valor etc., ninguém suponha, com isto, que a
administração bolchevista dá boas provas de sua eficácia industrial.
O que ficará patente é, pelo contrário, que os
estaleiros russos se sentiram tão ineficazes para completar os recursos da
marinha de guerra russa, que foram obrigados a ir bater às portas dos
estaleiros estrangeiros.
A ineficácia técnica e administrativa do regime
bolchevista fica, com isto, provada. E os leitores ficam com direito de
imaginar a inocuidade da marinha russa, se as
potências estrangeiras não concorressem para equipá-la.
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O Sr. Dr. Nelson Noronha Gustavo, juiz criminal no vizinho município de Santos, acaba de proferir uma decisão na qual afirma que a
infidelidade conjugal não constitui crime para o homem. S. Ex.a reforça essa deplorabilíssima tese com um argumento igualmente: a quase
totalidade dos maridos, segundo S. Ex.a, viola o dever da fidelidade conjugal,
pelo que o dispositivo legal considerando crime tal fato já não seria
exeqüível.
É curioso aproximar essa argumentação da de Karl Marx. Este, quando pregou a
destruição da família no mundo inteiro, afirmou que todos os maridos não
cumprem seus deveres, e que, portanto, as mulheres não têm também a obrigação
de os cumprir. Assim, a infidelidade, sendo lícita para ambas as partes, melhor
seria destruir a família.
Não parece compatível com a índole da forma do
Estado criado a 10 de novembro que uma alta autoridade judiciária sustente suas
decisões com uma argumentação de tal estilo.
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Centenas de marinheiros da divisão naval
norte-americana, que ora se encontra no Rio de Janeiro, assistiram incorporados
à Missa na Candelária, com um visível respeito e recolhimento.
É assim que conseguirão os Estados Unidos a simpatia dos
brasileiros, e não com congressos do Exército da Salvação e outros desse
gênero, que não têm outro fim senão implantar no Brasil católico os germes
protestantes, destruidor de toda brasilidade.
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O Sr. Ministro da Guerra, em gesto de compreensão
dos interesses vitais do Brasil, acaba de conceder todas as facilidades que
forem necessárias para a realização da Páscoa dos Militares.
Os atos como esse, do Sr. Ministro da Guerra, a
aparelhar nosso Exército a ser o paladino das tradições brasileiras e
vanguardeiro do fiel cumprimento do dever, que primordialmente exige o
cumprimento dos deveres para com Deus e a Igreja Católica.
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O general Franco restituiu aos ex-soberanos espanhóis todos os bens pessoais do ex-rei Afonso XIII e de sua família,
ao contrário do que fez o Sr. Hitler com os Habsburgos.
Enquanto o Sr. Hitler procede de um modo comunista
com a casa real austríaca, o general Franco, mais uma vez, tem uma atitude e dá
esperanças de que edificará a Espanha católica, tão desejada pelos espanhóis e
por todo o mundo.