S. S. o Papa Pio XII, falando pelo rádio aos católicos espanhóis, afirmou
confiar nos “nobres sentimentos católicos do chefe do Estado espanhol”, de modo
a que se torne a Espanha um Estado baseado nos princípios da justiça social e
individual, contidos nos Santos Evangelhos e na doutrina da Igreja.
Efetivamente, nenhum chefe de Estado moderno tem em
suas mãos melhores elementos para realizar um Estado baseado nos princípios
católicos do que o General Franco, hoje chefe de um dos países mais católicos, mais
aguerridos e mais devotados do mundo.
O Santo Padre espera, pois, que o General Franco,
que já guiou o povo espanhol na vitória contra o comunismo, guie agora a Espanha
na luta contra os demais inimigos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que assolam hoje a Europa. Porque é essa a vocação
estupenda do povo espanhol: ser o paladino da Igreja contra todos os seus
adversários: os mouros, (...) comunistas, desde os tempos do Cid até hoje. E também os neopagãos
de hoje em diante.
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O telégrafo nos tem trazido a notícia de várias
execuções capitais verificadas nestes últimos dias na Espanha, por ordem das autoridades nacionalistas.
É preciso que a natural sensibilidade do público
não se deixe desviar por essas notícias. Esse expurgo, ordenado por via
judiciária, constitui para a civilização uma dura obrigação, que os
nacionalistas não poderiam, de nenhum modo, deixar de cumprir. (...)
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O Sr. Hitler nomeou o Sr. von Papen, ex-vice-chanceler do Reich, ex-embaixador na Áustria, ex-diretor
do extinto diário “Germania” e ex-traidor
do Partido do Centro Alemão, embaixador em Ancara.
A visível decadência política do Sr. von Papen está pouco e pouco
punindo a este por sua traição ao Partido do Centro, a fim de que subisse ao
governo o Sr. Hitler. Depois de vice-chanceler, foi
descendo de posto até ser agora nomeado embaixador em Ancara.
É natural o que com ele acontece, pois os próprios
beneficiados por uma traição sempre têm repugnância pelos traidores.
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Continua a ser intensificada a intoxicação do povo
alemão pelas doutrinas pagãs e nazistas. Ainda agora foi posta à venda, na
Alemanha, uma edição especial de 5.000.000 de exemplares do “Mein Kampf” do Sr. Hitler.
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O Conselho Federal da Suíça demonstrou uma perfeita
compreensão dos seus deveres, ao responder a uma interpelação escrita do
Parlamento sobre a possibilidade de serem reatadas as relações suiço-soviéticas.
É a seguinte a resposta do governo suíço:
“Não partilhando a ilusão de que o reinicio das
relações diplomáticas com a URSS teria como efeito abrir novos mercados às
nossas exportações, o Conselho Federal pensa que, para resolver esse problema, considerações
de ordem econômica não são determinantes. De um modo geral, repete que se
sentiria feliz se as circunstâncias lhe permitissem renovar as relações normais
com o governo de um grande país, se tivesse a certeza de que, a exemplo de
todos os outros governos com os quais mantém relações diplomáticas, o governo
da URSS se abstivesse de se envolver nas questões de política interna. O décimo
oitavo congresso do Partido Comunista reunido em Moscou, de 9 a 21 de março, e
que provou uma vez mais a identidade existente entre o governo da URSS e o “Komintern”, demonstra, contudo, que tal não aconteceria”.
O mais interessante é que o Conselho demonstra,
dessa forma, que as propaladas vantagens econômicas das relações com a Rússia
não passam absolutamente de ilusões, e seu único fim é a propaganda política.
Depois disso, por que o Sr. Hitler mantém relações
diplomáticas com a Rússia?
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A França recolheu, durante a revolução espanhola,
grande número de refugiados governistas que foram concentrados em vários pontos
de seu território.
Depois de pouco tempo, a polícia francesa não tinha
mãos a medir, para evitar assaltos, roubos e um número imenso de atos
criminosos praticados pelos refugiados.
Isso nos faz lembrar a fábula de La Fontaine, do homem e da cobra. Durante o inverno, um homem
encontrou uma cobra quase morta de frio e, compadecido, colocou-a no peito, a
fim de reanimá-la com o calor de seu corpo. A cobra, logo que se reanimou, a
primeira coisa que fez foi morder o homem.
Assim a França. Agora ela paga o benefício feito a homens indignos de
serem socorridos.