Acha-se no Rio de Janeiro o sr. Ben
Cherington, chefe da Divisão das Relações Culturais dos Estados
Unidos, que aqui procurará estreitar o intercâmbio intelectual entre o Brasil e
os Estados Unidos.
O momento torna oportuna uma cooperação diplomática
entre o Brasil e os Estados Unidos, contra inimigos externos. Mas essa
cooperação se tornaria indesejável se implicasse na desnacionalização do Brasil
pela infiltração da cultura “yankee”
pagã entre nós.
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Um exemplo dos malefícios dessa propaganda
americana está para chegar ao Brasil: um grupo de modelos vivos de Nova York
que virá apresentar no Rio de Janeiro as últimas modas de Nova York e Paris,
patrocinado pela Exposição Internacional de 1939.
Convenhamos que essa forma de propaganda não é de
molde a atrair nossa simpatia, pois que não é através dos decotes exagerados,
dos costumes disparatados, que o cinema nos apresenta, que formaremos dos
Estados Unidos uma idéia favorável.
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O Ministro do Exterior do Uruguai pretende enviar ao
Congresso um projeto criando uma representação diplomática junto à Santa Sé.
O Uruguai tem, nestes últimos anos, evoluído de uma
maneira sã, que principiou com a ruptura das relações com a URSS.
Esperamos que continue nesse caminho.
aproximando-se cada vez mais da Igreja, a fim de melhor cumprir a sua missão.
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A polícia holandesa fechou as oficinas do jornal “National Dagblad”, órgão do partido
nazista holandês, que difamara dois padres de uma aldeia holandesa.
O Partido Católico Romano, que se acha atualmente no poder, demonstra assim,
insofismavelmente, os ótimos frutos que pode obter a participação dos católicos
na vida cívica do país.
Útil exemplo para os católicos brasileiros.
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O Sr. Hitler ordenou o
inventário de todas as propriedades católicas da Áustria, com o fito de ter um arquivo completo dos bens que mais
tarde virá a expropriar.
É por essa razão que somos contrários a todos os
pruridos de certos inventários artísticos, como a do Sr. Paulo Duarte, pois eles sempre fornecem, em caso de perseguição
religiosa, uma arma perigosa contra a Igreja, aos inimigos desta, para lhe
assaltarem sacrilegamente as propriedades artísticas
acumuladas pela piedade dos fiéis, não para figurar em museus, mas para
exclusivo serviço do culto divino.
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Alguns fascistas acham que o “Legionário” é
violento demais em sua linguagem, quando ataca o fascismo.
Seria curioso saber o que acham esses mesmos
fascistas dos seguintes trechos dos jornais fascistas nestes últimos dias:
“Como uma verdadeira fera, que todavia perde a
coragem diante do chicote, a imprensa francesa vem há algumas semanas
aumentando sua dose de insultos e impropérios contra o valor militar dos
italianos. Mas, assim como a fera não amedronta o seu domador, a Itália não se atemoriza
com a ferocidade da imprensa de França, porque feras continuarão a ser simples
feras” (“Corriere della Sera”).
“Temos profundo desprezo pela bestialidade que leva
o velho galo gaulês ao isolamento e provavelmente à morte” (“Lavora Fascista”).
“Os ataques franceses são um nojento montão de
imundície pútrida” (“Popolo di
Roma”).
“44.000.000 de cusparadas
já foram atiradas à face da 3ª República. Vinte almirantes franceses receberão
a cusparada que lhe reservam os últimos dos
marinheiros da Itália”.