Merece nosso mais absoluto apoio o decreto do Sr.
Presidente da República criando para os portugueses aqui domiciliados uma
situação privilegiada em relação a todos os outros estrangeiros.
Toda e qualquer política cultural sadia, no Brasil,
deverá ter como um dos pontos essenciais de seu programa uma aproximação
efetiva com Portugal. Já se foi o tempo, felizmente, em que um “chauvinismo”
tolo procurava criar barreiras entre Portugal e nós. Separar o Brasil de Portugal é secionar as
raízes tradicionais de nossa cultura e de nossa civilização, deixando o
espírito nacional aberto para as mais estranhas ideologias vindas de outros
quadrantes. Porque é este o triste destino dos povos que rompem com seu próprio
passado.
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Também temos a elogiar o gesto do Sr. Interventor
Federal em São Paulo isentando de impostos a recente transação mediante a qual
a Liga das Senhoras Católicas adquiriu o imóvel
para onde transferiu sua sede.
As
iniciativas beneficentes da Liga das Senhoras Católicas, pelo inestimável
benefício que tem trazido para a sociedade paulistana, são seguidas com vivo interesse
por todos os católicos que notam com simpatia esse gesto das autoridades.
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Em nosso último número, tivemos o pesar de informar
que a Câmara dos Deputados da Itália aprovara as leis
racistas de autoria do Grande Conselho fascista. Temos, hoje, a acrescentar
que, na semana transacta, também o Senado deu sua aprovação a tais leis.
Houve, entretanto, no Senado, 12 votos em contrário.
O aparecimento de uma dúzia de votos de oposição em pleno Senado Italiano é
muito típico. Mostra que quando um governo investe contra certas convicções
fundamentais do homem, como sejam as religiosas, suscita contra si oposições invencíveis que não se deixam vulnerar nem pela
ambição nem pelo medo.
O “Osservatore Romano” publicou um protesto solene e enérgico contra tais leis.
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