(...) Apesar de todos os decretos contra as
sociedades estrangeiras entre nós, elas continuam a existir tranqüilamente.
Ainda agora, telegramas de Porto Alegre noticiam que em São
Pedro, no Rio Grande do Sul, existe uma tal “Vereinigter Schuetzer und Seneger”. Por seus estatutos os membros da diretoria só podem ser
pessoas que saibam o alemão, e o fim da sociedade é o manejo das armas e o
canto alemão em coro.
Conta-se que um inglês cheio de spleen visitou certa vez a
França, e, de volta a Londres, disse que o que mais espanto lhe causara fora
certo contínuo de um Ministério, que fumava calmamente encostado, em atenção a
eles.
* * *
Certa imprensa italiana continua a lançar séria
divergência entre a Santa Sé e o governo italiano, por meio de críticas
desabridas ao Santo Padre a propósito do racismo.
O “Tevere”, por exemplo,
em artigo desta semana, declara que “a própria Igreja dá à Alemanha o exemplo
do racismo, com as missões com que explora, em proveito próprio, a animosidade
que existe entre raças diferentes”.
Se quiser um desmentido a essa perfídia, bastará
ler a imprensa nazista que ataca as missões, considerando-as nocivas porque
levam o espírito de cordialidade entre os mais diferentes povos da terra,
amalgamando-os uns com os outros, com prejuízo de sua evolução racial.
Enquanto o “Tevere”
fascista ataca as missões por atiçarem as rivalidades entre os povos, os
nazistas as atacam porque confundem e baralham as raças pelo amor a que as
obriga umas pelas outras.
São assim os adversários da Igreja. Dolosos
pretextos lhes agradam, mesmo os mais absurdos e contraditórios entre si, desde
que sirvam para atacar a Igreja.
* * *
A fim de tomarem parte no Congresso Nacional
Socialista de Nuremberg, chegaram a Berlim
os líderes da Juventude Espanhola e três líderes da mocidade portuguesa que vão
tomar parte num congresso de Planadores.
Não é necessário dizer as apreensões que uma
notícia destas suscita.