Telegramas de Curitiba comunicam que a empresa
funerária de Paranaguá ostenta em seu carro fúnebre a cruz suástica.
Nada mais sintomático do que isto. Por que timbra
um partido político em fazer de seu símbolo um uso tão estranho? Nosso público
ainda não conhece bem a verdadeira razão disto. Por mais absurda que pareça, o
nazismo não é um partido, mas sobretudo uma religião. E por isto exige de seus
defuntos os mesmos atos de Fé na hora da morte que uma outra religião qualquer.
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Projetam-se, no Rio, grandes homenagens em memória
do grande Jackson de Figueiredo, por ocasião da
passagem do 1º aniversário de sua morte.
Em Sergipe, estado natal de Jackson
de Figueiredo, o interventor federal abriu um crédito de 10 contos, destinados
à criação de um monumento ao falecido pensador católico.
O fato é expressivo. Em vida, Jackson
foi caluniado, vilipendiado e odiado como encarnação de um amor íntegro e
intransigente à Verdade que o mundo odeia. Na estagnação brasileira, teve ele o
mérito de ser o apóstolo da intransigência. Depois de morto, seu apostolado
produz frutos e o Brasil começa enfim a reconhecer nele um de seus grandes
filhos. Um país que começa a aplaudir um homem como Jackson
é um país que começa a renascer.
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Em nossa última edição, por equívoco foi publicada
uma censura à imprensa católica italiana, a propósito de sua atitude quanto ao
Congresso Eucarístico de Budapest. É fácil
verificar-se que a palavra “católica” no comentário deveria ser substituída
pela palavra “fascista”, se não tivesse havido distração de um funcionário
desta folha...
Realmente, referia-se o comentário a um telegrama
que noticiava que a imprensa fascista italiana noticiou com frieza absoluta o
Congresso Eucarístico. É a propósito dessa notícia, e nunca a propósito da
imprensa católica, que nosso comentário foi feito. Tanto mais que, inteiramente
merecido pelos fascistas, seria injustíssimo quanto à imprensa católica.
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Uma campanha que merece calorosos aplausos é a
desenvolvida em Santa Catarina pelo Sr. General Meira
de Vasconcellos, em prol do Brasil. Parece incrível
que seja necessária a organização de uma verdadeira campanha de nacionalização
em nossa Pátria, porém, a verdade é que ela se impunha devido à ação nefasta do
imperialismo alemão ao mando do heresiarca Adolph
Hitler.
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Particularmente é de se notar na campanha promovida
pelo Sr. General Meira de Vasconcellos,
o louvável empenho manifestado por aquele militar, de contar com a cooperação
da Santa Igreja na obra salutar de preservar o Brasil da infiltração nazista.
Melhor do que qualquer comentário, a este
propósito, é a carta de S. Ex.a Rev.ma o Sr. Arcebispo de Curitiba, que abaixo
transcrevemos:
Curitiba, 31 (“Estado”) – Tendo o governo do Estado
oficiado ao arcebispado de Curitiba, solicitando a cooperação da Igreja na
campanha de nacionalização, D. Attico Rocha respondeu
nestes termos: “Temos o prazer de acusar o recebimento do ofício pelo qual V.
Ex.a se dignou declarar-nos ser de grande vantagem e valia para o louvável
movimento da nacionalização em que atualmente se empenha esse governo em
colaboração com o comando da 5ª Região Militar, a cooperação da
Igreja, à sombra de cujo altar e pela prodigiosa eficácia e radiosa doutrina
eminentemente civilizadora e espírito nacional
brasileiro se vai consolidando tão superiormente, apesar das vicissitudes que
por vezes têm amargurado a Pátria estremecida. A esse tão nobre e patriótico
movimento, só podemos assegurar a ponderada e fiel colaboração da Igreja na
parte do território do Estado que forma esta arquidiocese de Curitiba, tomando
no devido apreço a sugestão de V. Ex.a sobre as prédicas e sermões públicos que
serão providenciados no sentido de que não faltem a todos os nossos amados
filhos espirituais o necessário ensino de sua fé”.
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Por ocasião da invasão da Áustria, noticiou-se que
o ex-chanceler Schuschnigg
tinha se casado por procuração com a condessa de Cordiu,
e que as tropas alemãs “protegiam” o Sr. Schuschnigg,
em sua casa, de uma possível revolta dos austríacos.
Para se ter uma idéia dos processos desleais do Sr.
Hitler, chegam agora telegramas de Viena desmentindo o casamento do Sr. Schuschnigg e que o ex-chanceler
foi transferido para a sede da “Gestapo”, polícia
secreta alemã. Quanto a tal condessa, aliás divorciada, segundo se diz,
continua no seu canto... se é que existe.
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Um recente telegrama informa que a condecoração que
o Sr. Hitler reserva aos assassinos de Dolfuss é a
“Ordem do Sangue”, até agora reservada aos participantes ativos do histórico putsch de
Novembro de 1923. Ironia involuntária! Poderia haver melhor condecoração do que
a “Ordem do Sangue” para assassinos com as mãos tintas com o sangue do imortal Dolfuss?
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É de se estranhar o silêncio da nossa imprensa sobre
a peça “Retaguarda”, levada pela Juventude Feminina Católica, no Teatro
Municipal.
Somente a “Folha” deu um noticiário completo sobre
a sua representação. No entanto, a peça tinha um valor muitíssimo pouco comum e
só a sua orientação religiosa explica esse silêncio completo de nossa
imprensa... neutra!
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O Sr. Delegado de Costumes, Dr. Alfredo de Assis,
fez na semana passada uma apreensão de 200 volumes de literatura imoral, em
livrarias desta Capital.
Até aqui, a ação das autoridades policiais careceu
de continuidade e de energia, graças ao cunho liberal da legislação existente.
Se há um serviço que o Estado Novo pode prestar ao
Brasil é esse, o combate pertinaz à literatura depravada que intoxica
diariamente nossa gente. Neste sentido, muita coisa se poderá fazer por meio de
uma legislação adequada.
Esperemo-la, pois.
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Diariamente, os
jornais divulgam notícias sobre os males causados à população por essas
macumbas e esse espiritismo que certa gente quer pôr em moda.
Ainda há dias,
um macumbeiro persuadiu a uma pobre mulher, que ele queria matar, de que ela se
deveria precipitar no Oceano que nada lhe aconteceria. A mulher seguiu
docilmente o conselho criminoso. Quando as ondas ameaçavam submergi-la, apelou
para o macumbeiro, que estava na praia. Ele, porém, não somente se negou a lhe
prestar qualquer auxílio como ainda impediu que outras pessoas o fizessem. E a
pobre mulher morreu.
São esses os
frutos das famosas macumbas às quais certo nacionalismo errôneo procura apontar
como típicas e arquetípicas do Brasil!