Segundo
telegrama procedente de São Lourenço, S. Ex.a Rev.ma o Sr. Bispo de Pouso
Alegre teve uma longa conferência com o Ex.mo Sr. Presidente da República,
durante a qual expôs ao primeiro magistrado do País os males incalculáveis que
tem decorrido do alto custo do casamento civil, e pediu providências capazes de
remediar o mal.
Até aqui esta
questão tem sido mal colocada por muitas das pessoas que dela trataram.
Não há neste
assunto antagonismo nenhum entre as reivindicações católicas e os interesses
dos cartórios de Paz. Os católicos veriam de bom grado que o Estado remunerasse
com a devida largueza os juizes de Paz. O que eles não querem é que essa
remuneração diretamente cobrada dos nubentes seja um obstáculo para a
legalização da situação civil das famílias pobres.
De sua parte, a
Igreja faz tudo quanto lhe é possível, mantendo sempre os emolumentos devidos
aos Rev. Vigários ao nível das possibilidades dos nubentes, e dispensando-os de
qualquer pagamento se são indigentes.
Por que não
fará o mesmo o Estado?
Hoje, o assunto
está inteiramente e exclusivamente afeto ao Sr. Presidente da República, de
quem os católicos têm o direito de esperar uma medida neste sentido.
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[.... – erro
tipográfico] Manter e subvencionar escolas primárias, nelas ensinado em alemão
as matérias que bem entenderem, bastando para isto que mantenham em segredo sua
filiação a entidades alemãs. Não foi por outro motivo que o Sr. Cônsul alemão
já deu à imprensa conhecimento da sua satisfação pelo decreto. O que o decreto
deveria ter feito é uma fiscalização escolar especial para reprimir a
propaganda de doutrinas nazistas ou quaisquer outras de caráter subversivo.
Porque, sem isto, as demais providências pouco valor terão.
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O Sr. General Mena de
Vasconcelos, comandante da 5ª Região Militar, em entrevista
concedida a “O Globo” declarou que o problema da desnacionalização do Brasil
entrou agora na sua fase de organização técnica, desejando coletividades
estrangeiras criar uma situação especial dentro do Brasil. Diz S. Sª., que a nossa Pátria “aceita o excesso de populações
como elementos de colaboração e nunca como prolongamento de outras pátrias. O
choque deveria produzir-se porque permitimos o enquistamento
que está produzindo a situação delicada a que chegamos”. E conclui
afirmando que a desnacionalização em recantos do Brasil, está sendo
profundamente trabalhado por uma técnica especial e oferece sérios perigos à
nossa segurança”.
Essas declarações de um general do exército
brasileiro mostram claramente o perigo que corre o Brasil permitindo que os
estrangeiros inassimiláveis venham aqui se fixar. E é provável que poderosas
razões técnicas e estratégicas tenham concorrido para que assim se manifestasse
aquele ilustre militar.
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Com a queda do gabinete Leon
Blum, sucedeu ao Sr. Paul Boncour,
na pasta do Exterior, o Sr. George Bonnet que porá fim à política de aproximação com a
Rússia, desenvolvida à frente do Ministério do Exterior da França pelo Sr. Paul
Boncour.
A França católica via com pesar essa aproximação do
gabinete Blum, e foi com verdadeiro alívio que viu o
Sr. Daladier escolher para a pasta um ministro que
garantisse o enfraquecimento das relações com Moscou.
O “Legionário” que se solidarizou fraternalmente com
os católicos franceses na sua dor quando o Sr. Blum
subiu ao poder, e que atacou veementemente, rejubila-se agora com a França
católica pela modificação de sua política interna e externa.
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Foi organizada na Bahia uma exposição para
comemorar o IIIº centenário da retirada dos holandeses do Brasil.
Depois das festas realizadas por ocasião do
centenário da chegada de Maurício de Nassau ao
Brasil, essas comemorações projetadas na Bahia se impunham, para desagravo dos
heróis brasileiros que derramaram seu sangue para evitar que os invasores
protestantes tomassem conta do Brasil Católico.
Aos promotores dessa exposição, toda a nossa
solidariedade.
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O ministro da Propaganda nazista, Dr. Goebbels afirmou, em discurso aos jornalistas alemães, que
o “Füehrer não teria tido o sucesso que teve se não
fora a imprensa que está colocada às suas ordens”.
Ora, a imprensa
alemã tem atacado violentamente o Vaticano e a Igreja Católica. Como o Sr. Goebbels declara que a imprensa está debaixo das ordens de
Hitler, segue-se que esses ataques se não foram feitos por sua ordem, tiveram
pelo menos o seu beneplácito.
Pode-se depois
disto crer na sinceridade de supostos propósitos de reconciliação do Sr.
Hitler? Diríamos que é impossível, se não fosse o adágio popular “impossível só
é Deus pecar”.