Merece o mais franco apoio a atitude da chancelaria
uruguaia que propôs a todos os governos latino-americanos que reconhecessem o
estado de beligerância na Espanha.
É ótima esta oportunidade para que o Governo
brasileiro reconheça o General Franco como atual chefe do
Estado Espanhol, rompendo ao mesmo tempo as relações com os comunistas de
Valência.
Esperamos, como católicos e brasileiros, que nossas
autoridades sigam este caminho, o único compatível com as gloriosas tradições
diplomáticas do Brasil.
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É curiosíssimo um longo comentário com que a United Press, nos jornais do dia
1º pp., procurou explicar a atual onda de descontentamento que,
graças a Deus, põe em cheque a estabilidade do governo russo.
A referida agência acha, de um modo geral, que as
atuais insubordinações seguidas de largos massacres não são outra coisa senão
uma manobra de Stalin para se
desembaraçar de seus inimigos, dando a entender indiretamente que nenhuma
consistência tem os déspotas soviéticos.
Em outros termos, não haveria, segundo as referidas
notícias, nenhuma razão para que o mundo espere a próxima queda do terrorismo
vermelho. Não seria possível defender com maior eficiência o prestigio
internacional das autoridades soviéticas.
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Deploramos que nossas autoridades permitam ao Sr.
Domingos Rex, enviado do governo comunista de Valência, fazer a larga
propaganda que atualmente está levando a efeito. Ainda recentemente,
chegaram-nos às mãos folhetos anunciando uma conferência feita por ele para
nossos universitários, em um salão do centro da cidade. Esses folhetos tiveram
a mais larga divulgação nos círculos acadêmicos.
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O Sr. Diniz Júnior teve, na Câmara
Federal, palavras de elogios ao Sr. General João Gomes, ex-ministro da Guerra, a respeito da atuação por este
desenvolvida por ocasião dos lutuosos acontecimentos de novembro de 35. Disse o
Sr. Diniz Júnior que o Brasil está esquecendo no
atual momento o digno militar que prestou inestimável serviço à sociedade
brasileira sufocando o levante comunista.
Associando-nos plenamente aos encômios feitos pelo
Sr. Diniz Júnior ao Sr. João Gomes, não podemos
deixar de lembrar também o Sr. Vicente Rao, que trabalhou com denodo na repressão ao comunismo.
Os católicos devem a estes dois eminentes
brasileiros seu reconhecimento pelos grandes serviços por eles prestados em 35.
A dolorosa situação que atravessamos nos permite medir o proveito que o Brasil
tirou de sua atuação enérgica e eficiente.
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Merece francos aplausos a atitude do Sr. Prefeito
Fábio Prado, que cedeu o Teatro Municipal, com caráter permanente,
nos 1ºs. domingos de cada mês, à Federação Mariana,
para que nele realize suas sessões.
O “Legionário”, que protestou
veementemente quando S. Ex.a, há não muito tempo, cedeu o mesmo teatro a um
Congresso de Teosofistas, folga em aplaudir agora o
seu gesto.
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Constituiu-se nesta Capital uma comissão que deseja
pugnar para adoção do divórcio a vínculo no
Brasil. Nesta comissão, figuram diversos jornalistas, o que aumenta a
repercussão dos trabalhos que vão ser levados a efeito neste sentido.
Os argumentos com que a comissão lançou o seu
manifesto repetem as velhíssimas teses com que se pretende justificar o
divórcio.
Em si, o fato não teria maior interesse se, dentro
do panorama nacional, não viesse coincidir com uma série de outras iniciativas
simultâneas tendentes a arrancar o Brasil das velhas e gloriosas raízes
católicas de sua civilização.
Vejamos que prosseguimento vai ter tal campanha.
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A “Gazeta” publicou, há dias, uma fotografia de S.Ema o Sr. Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro
em companhia de uma comissão que trabalha pela candidatura do Sr. José Américo de Almeida à
presidência da República. Infelizmente a referida fotografia era encimada por
um título que dava a entender que sua Eminência tem preferências pelo candidato
majoritário.
Pelo contrário, Sua Eminência é absolutamente
neutro na questão da sucessão à presidência da República.
Estamos seguramente informados de que a mencionada
comissão foi visitar o eminente purpurado para, num gesto de cortês deferência,
comunicar-lhe o lançamento da candidatura do Sr. José Américo de Almeida.
Agradecendo a comunicação, S. Ema adiantou que não tem preferências
por qualquer dos candidatos. E consentiu em ser fotografado em companhia dos
membros da comissão com a expressa
condição de constar publicamente este fato.
Convém que se registre, para evitar interpretações
errôneas.
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É curioso que todos os jornais tem ressoado com
notícias sobre a desgraça dos meninos bascos, reduzidos a pedir refúgio em
terra estrangeira, contra as tropas nacionalistas.
Merece realmente dó o destino de tais crianças,
principalmente por que os causadores de sua desdita não são os nacionalistas,
mas os seus próprios pais que, por um incompreensível desvio do sentimento
religioso, se puseram ao lado dos comunistas, colocando os nacionalistas na
dolorosa contingência de bombardear as cidades bascas.
O que é especialmente digno de nota é que, enquanto
todo o mundo fala dos órfãos bascos, não há uma única palavra a respeito dos
meninos que foram obrigados a expatriar-se do México, em vista das perseguições
dos comunistas.
“El Pueblo”,
o valoroso órgão católico da Argentina, publicou a fotografia de numerosos
destes meninos que foram forçados a procurar auxílio em território estrangeiro,
contra a sanha dos comunistas.
Mas as agências telegráficas não se incomodam com
eles, porque eles não são vítimas dos nacionalistas, mas dos comunistas.