Por um esquecimento que lamentamos, não foi
registrada, em nossa última edição, a honrosa distinção recebida pela Ex.ma
Sra. Da. Olga de Paiva Meira, Presidente da Liga das Senhoras Católicas. A ilustre
dama paulista foi agraciada pelo Santo Padre Pio XI com as insígnias da
Ordem “Pro Ecclesia et Pontifice”, uma
das mais altas distinções que a Santa Sé costuma conferir às Senhoras que se
destacam pela sua atuação em prol da Igreja.
A figura de Da. Olga de
Paiva Meira é das que já se impuseram à geral
consideração dos paulistanos.
É supérfluo, pois, mostrar os motivos que tornam
particularmente merecida essa distinção.
O Rev.mo Sr. Padre Luís Gonzaga de Moura despediu-se desta
folha por motivo de sua nomeação para o cargo de Vigário de Água Branca, nesta
Capital.
O Padre Luís Gonzaga de Moura deixa, em Santa
Cecília, uma profunda recordação dos anos que passou como coadjutor do Vigário
de Santa Cecília.
O cargo de confiança a que o elevou o Ex.mo. Sr.
Arcebispo Metropolitano é um índice expressivo da merecida consideração que lhe
alcançou sua atividade apostólica.
O Governo da França acaba de condecorar, como
oficial da Academia, o Rev.mo Sr. Padre Marcel Gaydon, capelão da colônia francesa nesta Capital e do Ginásio Franco-Brasileiro.
O “Legionário” recebeu com prazer
esta notícia, pois que o Rev.mo Padre Marcel Gaydon, pelos seus trabalhos apostólicos e pela sua obra de
aproximação franco-brasileira, se tem tornado merecedor da simpatia não só de
seus conterrâneos, mas dos católicos brasileiros.
Uma sessão secreta é sempre coisa que chama a
atenção.
Não admira, pois, que a sessão secreta que o
Tribunal de Segurança realizou, sobre o pedido de exclusão do Sr. Sussekind de Mendonça, e de que durou três horas sucessivas, causasse geral
curiosidade.
No fim de tão laboriosa e secreta reunião, o
Tribunal resolveu inocentar o Sr. Sussekind de
Mendonça.
Há, nisto tudo, uma coisa que não compreendemos:
porque realizar uma sessão secreta quando se trata de inocentar uma pessoa.
Se a sessão tivesse tido como resultado a
manutenção da denúncia, compreende-se que, por relevantes razões de ordem
pública, os debates se tivessem conservado secretos.
Mas se chegou à conclusão de que o
Sr. Sussekind é inocente, por que não publicar os
motivos sobre os quais se fundamenta tão inesperada conclusão(!!!)?
O “Diário de Pernambuco” publicou uma nota sobre a
conivência com o comunismo do Sr. Coronel João Alberto Lins de Barros, recentemente nomeado ministro plenipotenciário de 1ª
classe.
Entre outros fatos sobre os quais se fundamentava a
nota, figura uma carta encontrada no arquivo de Luiz Carlos Prestes, na qual o Sr. João Alberto afirmava que “chegara a hora
do governo” deste.
Note-se.
Um telegrama de Roma informa, a título de “consta”,
que a Itália está fabricando material bélico para a Rússia.
Tão surpreendente é esta notícia à primeira vista
que nós não lhe daríamos maior importância, se não procedesse de Roma o
telegrama.
Como todos sabem, as notícias transmitidas de Roma
são todas “revisadas”.
Isto lhes dá um cunho de veracidade digno de nota.
O Sr. Ademar de Siqueira, oficial da Marinha e Ajudante de ordens do Sr.
Presidente da República, prestou depoimento a respeito da culpabilidade do Sr. Hercolino Cascardo, atualmente processado perante o Tribunal Especial.
Disse o Sr. Ademar de Siqueira que o Sr. Hercolino Cascardo é um branco
cordeiro, em cuja lã não se encontra a menor tintura vermelha de procedência
moscovita.
Contestou que o Sr. Cascardo
fosse comunista. Disse ter sido seu companheiro íntimo, e ter presenciado sua
atuação à testa de importantes funções em nossa Marinha de guerra. E certificou
que, em nenhum destes cargos, o Sr. Cascardo demonstrou
a menor simpatia para com o comunismo.
O Sr. Ademar Siqueira, como ajudante de ordens do
Sr. Getúlio Vargas, é pessoa de confiança deste.
Nunca disse todas estas coisas ao Presidente, o Sr.
Ademar Siqueira? Se o Presidente está em desacordo com o depoimento do Sr.
Siqueira, por que o conserva no cargo que ocupa?
Quanta coisa singular em torno do processo dos
extremistas!
Os leitores argutos não percebem o que há atrás do
véu?
Destacamos esta bela mensagem do Sr. Mauriac aos intelectuais
Brasileiros:
“Peço ao
meu amigo, Sr. Renato Almeida, expressar a todos os meus amigos brasileiros a minha
profunda gratidão. Ela é testemunha de que a França está sempre no seu lugar,
sempre viva, a despeito de todas as ameaças que escurecem os seus momentos. A
Frente Popular existe, mas os católicos franceses existem também e a alma
francesa não foi afetada pelas convulsões sociais e políticas. Que os nossos
amigos nos dêem a sua confiança. O papel providencial da França no mundo não
está ainda terminado. Não estamos desesperados. Muitas coisas morreriam conosco
se devêssemos perecer. Eis porque - através de tantas provações, tantos erros -
ao país de Racine e de Pascal caberá dizer a última
palavra.”
Através dela, falou a voz gloriosa e autêntica da
França católica, que continua a ser hoje, como ontem, um dos baluartes mais
firmes da Igreja de Deus.
Na “Revista das Revistas” de 30 p.p., o “Estado de
São Paulo” comenta um artigo de Henri Massis, na “Revue Universelle”, em que este escritor acentua o papel
de extraordinário relevo que os carlistas espanhóis estão desempenhando na
repressão ao comunismo na sua Pátria.
O “Legionário” já teve oportunidade de fornecer aos
seus leitores um amplo noticiário a respeito do movimento carlista, que é, de
todos os movimentos políticos espanhóis, o que reflete com mais fidelidade o
pensamento da Igreja.
Hoje, voltamos ao fato para mostrar que, enquanto o
Sr. Mussolini fabrica armas para
a Rússia, o Sr. Hitler prossegue numa
política educacional de cunho francamente comunista, etc., só nas fileiras
católicas se cristaliza com uma fidelidade indefectível o verdadeiro pensamento
anticomunista.