Incontestavelmente, dos numerosos ramos da
administração pública, aquela em que os católicos têm fatos mais auspiciosos a
registrar é o Departamento de Serviço Social, confiado ao Sr. Dr. Sebastião
Medeiros. Ainda há pouco, verificou-se ali uma nomeação digna de
elogio, a do Sr. João Payão Luz, para o delicado cargo de Comissário Chefe do Serviço de
Menores desta Capital, cargo esse que ficou assim confiado a excelentes mãos.
Hoje, temos a aplaudir calorosamente o recente
decreto que oficializou a Escola de Serviço Social, fundado pelo Centro de
Estudos e Ação Social. Essa Escola, que já tem prestado à causa do Serviço
Social os mais inestimáveis serviços vê, assim, reconhecida por um belo gesto
do Estado, a sua grande benemerência.
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Uma velha mania em se distinguir o fascismo do
nazismo ainda encontra adeptos, apesar dos mais flagrantes desmentidos dados a
esse erro tanto pelo Sr. Hitler quanto o Sr. Mussolini.
Quando o nazismo é atacado,
desculpam-se os fascistas, distinguindo o fascismo do nazismo, à falta de
melhores argumentos. Quando, ao contrário, é o fascismo o atacado, entram
logo os nazistas a afirmarem que nazismo e fascismo não são a mesma coisa.
O Grande Conselho Fascista, porém, não pensa assim.
Em sua reunião do começo do corrente mês, foi aprovada por unanimidade uma
declaração em que se reafirma “a solidariedade política, ideal e militar, que unem
as duas revoluções fascistas e nacional-socialista”.
Uma “solidariedade política, ideal (acentuamos bem
esta grave palavra) e militar” é pura e simplesmente uma identidade perfeita
entre as duas doutrinas. Mas, a lábia de muita gente é poderosa e, dentro em
pouco, novamente os seus partidários estarão a distinguir fascismo e nazismo.
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A Itália concluiu um acordo
comercial com a Rússia, e, segundo o “Manchester Guardian”, a Alemanha dispõe-se a dar aos comunistas um crédito
industrial de 200 a 300 milhões de marcos em material bélico, enquanto que a
Rússia lhe forneceria matérias-primas em troca.
Onde está o anticomunismo dos Srs. Hitler e Mussolini? Só se compreende essas gentilezas, se ambos
julgam que tratados comerciais e fornecimento de material bélico são meios
seguros de extinguir o comunismo na Rússia. Mas, como não fazemos aos Srs.
Hitler e Mussolini a injúria de duvidar de suas
inteligências, somos forçados a crer que o nazismo e o fascismo não são tão
inimigos do comunismo como parecem.
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Um leitor do “Estado” enviou-lhe uma queixa sobre
os bailes públicos que proliferam em São Paulo.
Esses bailes não tem nenhuma utilidade, sendo, pelo
contrário, nocivos à moralidade de São Paulo, de forma que não se compreende a
tolerância da polícia com esses antros.
Estamos de perfeito acordo com o reclamante do
“Estado”, pois a polícia não tem nem sequer um motivo para conservá-los
abertos.
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A polícia do Rio proibiu que a Casa dos Artistas
conservasse Eugênia Álvaro Moreira na sua direção, por
ter essa pessoa prontuário como comunista na polícia e ter sido devidamente
processada, embora não tenha sido condenada.
Estamos de perfeito acordo com a polícia do Rio. Os
processos do Tribunal de Segurança não visavam a punição de comunistas, e sim
dos responsáveis pela revolução comunista de 1935. De forma que ser absolvida
pelo Tribunal de Segurança não constitui em absoluto uma prova de que a Sra.
Eugênia Moreira não é comunista, mas, quando muito, que não foi possível provar
a sua participação na revolução de 1935.
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Um dos meios mais irritantes de que usam os
americanos para dominar em toda a América sempre foi o protestantismo, que, sob
a capa de uma religião, procura infiltrar-se nos nossos países com fito de
imperialismo político.
Felizmente, nem todos os protestantes guardam
sigilo a este respeito, e de vez em quando levanta-se um pastor contra a
tirania dos pastores norte-americanos.
Há pouco, reuniu-se nesta Capital uma convenção da
seita protestante “Batista Pereira”! e foi tal o domínio que os delegados
americanos exerceram sobre o congresso, que um evangélico teve que protestar
para pedir que as leis de nosso país fossem respeitadas.
Logo a seguir, um pastor brasileiro fez distribuir
um folheto que punha às claras todo o mandonismo
norte-americano dessa seita.
O Sr. Getúlio Vargas deve ter
conhecimento desses fatos e impedir que elementos estrangeiros, através da
seita batista brasileira, formem no Brasil um quisto tão odioso quanto os
formados pelos fascistas e nazistas, e merecem, pois, toda a atenção da
polícia.