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Parte II
Primeira seção
N° 3
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Um homem, uma obra, uma gesta – Homenagem das TFPs
a Plinio Corrêa de Oliveira
EDIÇÕES BRASIL DE AMANHÃ |
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Cheio de lábia e carregado de atrativos, [escultura representando] o sedutor (Catedral de Estrasburgo) apresenta a suas vítimas a maçã da perdição. Hoje, o fenômeno se repete com requintes de sofisticação quase inimagináveis. Procura-se embair não apenas os indivíduos, mas também as multidões. Entre as táticas utilizadas está a da manipulação do sentido de palavras como "diálogo", "ecumenismo", "paz", etc. Este é o tema do ensaio "Baldeação ideológica inadvertida e Diálogo", lançado por Plinio Corrêa de Oliveira em 1965, com grande êxito (tiragem total de 132,5 mil exemplares em cinco idiomas) Parte II Quando TFPs somam seus esforços Primeira seção Livros publicados por várias TFPs 3. "Diálogo, diálogo, diálogo": palavra mágica para embair as multidões NO DIA 8 DE DEZEMBRO de 1965, encerrava-se o Concílio Vaticano II. No momento em que os Prelados do mundo inteiro voltavam para suas terras de origem, a palavra diálogo voava de boca em boca, excitando com sua carga febricitante certo tipo de ambientes no mundo inteiro. A palavra assumia um sentido novo e reluzia como algo de "moderno" e "atualizado". Dialogar era estar em dia; não dialogar era proceder de maneira retrógrada. Pois o diálogo parecia ter o condão de desarmar todas as prevenções, e era a maneira simples, irresistível, de mudar as convicções, inclusive dos comunistas. Com o mesmo efeito "mágico" se carregavam, analogamente, as palavras –ecumenismo, coexistência pacífica, paz e outras do gênero. Nos ambientes em que tal estado de ânimo penetrava, ia-se notando aos poucos uma desmobilização dos espíritos em relação ao comunismo, predispondo favoravelmente à doutrina e à tática deste pessoas de si refratárias à pregação marxista explícita. De onde a suspeita de que o uso "torcionado" de palavras como –diálogo fizesse parte de um artifício tático novo, posto em uso pelo comunismo em sua incessante guerra psicológica revolucionária contra o Ocidente e a Igreja. Uma descrição sucinta desse processo, naquilo que ele tem de essencial, poderia transformar esta suspeita de muitos em certeza, e premunir os incautos contra a nova e subtil tática comunista. Visando este fim, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira escreve Baldeação ideológica inadvertida e diálogo, publicado em primeira mão por "Catolicismo", nº 178/179, de novembro/dezembro de 1965. Em janeiro de 1966, a Editora Vera Cruz lança a primeira edição em forma de livro, que a TFP brasileira se encarrega de difundir por todo o País. De 1966 para cá, as edições se sucedem: cinco em português, seis em espanhol, uma em italiano, uma em alemão e uma em inglês. Ao todo, 132,5 mil exemplares. O trabalho é transcrito integralmente em sete jornais ou revistas de cinco países. As TFPs do mundo inteiro se empenham a fundo na tradução, edição e difusão – freqüentemente por meio de campanhas de rua – da obra do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
Em muitos espíritos vai nascendo uma ilusão. Os problemas do mundo não se solucionariam se, no interesse da paz, o Ocidente consentisse em se "socializar" fortemente ao mesmo passo que a Rússia se "capitalizasse" um pouco? A questão é atual mas não é nova: dela já tratava a obra de Plinio Corrêa de Oliveira em 1966. Abaixo, Brezhnev e Willy Brandt revistam tropas na Alemanha (1973).
Baldeação ideológica inadvertida e diálogo também cruza a cortina de ferro. No semanário "Kierunki" (nºs 51/52 e 53, de 1967) o "camarada" Z. Czajkowski – o mesmo da polêmica em torno de A liberdade da Igreja no Estado comunista – escreve o artigo bastante singular No círculo de uma mistificação psicológica, ou seja, de uma polêmica com o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira – continuação. Nesse artigo, o escritor "católico"-comunista, a fim de mais facilmente rebater o ensaio do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, adultera pura e simplesmente diversos trechos que quis refutar. Por onde se vê de que lado estava a "mistificação"... Chama a atenção que um elemento de destaque da Associação Pax, a qual constitui dócil instrumento nas mãos do governo comunista polonês, tenha julgado oportuno alertar os círculos intelectuais de seu país contra Baldeação ideológica inadvertida e diálogo. Não pode ser outra a razão senão o receio de que a obra do autor brasileiro acarretasse dano à seita vermelha em seu próprio domínio de além cortina de ferro (cfr. "Catolicismo", nº 244, abril de 1971).
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