Catolicismo,
N° 525, setembro 1994, pags. 10 e 11 (www.catolicismo.com.br)
Encontro
de Neo-Cooperadores utiliza encenações teatrais
Em julho último, durante as férias escolares,
realizou-se em São Paulo o II Encontro de Neo-cooperadores
da TFP, reunindo duas centenas de jovens procedentes das mais diversas regiões
do País.
As exposições doutrinárias do Encontro, a visão geral
da História, bem como da crise que atinge o mundo contemporâneo, são baseadas
na obra Revolução
e Contra-Revolução, de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
Lançado inicialmente nas páginas de "Catolicismo", em 1959, esse
magistral estudo alcançou numerosas edições no Brasil e no Exterior, sendo
objeto, recentemente, de uma carta altamente
elogiosa do renomado canonista Pe. Anastácio Gutierrez, cofundador do
Instituto Claretiano de Roma, e consultor de várias
congregações romanas.
Nos últimos meses, graças ao concurso de crescente
número de jovens cooperadores das Sedes dos bairros da Saúde e de Santana, em
São Paulo, que se dedicam ao estudo e à pesquisa, esses encontros têm contado
com várias peças teatrais, proclamações em estilo medieval, como também apresentações
musicais. Sob a coordenação do Sr. João Clá Dias, sócio da entidade, tanto o
planejamento quanto a redação de textos e os ensaios ficam a cargo de tais
jovens, com excelentes resultados.
Uma das apresentações teatrais que mais impressionou
os participantes do Encontro teve lugar em meio ao arvoredo da Sede de
Santana. A peça constou de cenas da Paixão de Nosso Senhor, entre as quais a
condenação no pretório de Pilatos, a flagelação e a crucifixão. Nelas, tanto
atores quanto assistentes deslocavam-se por vários prédios e locais do amplo
bosque existente na Sede de Santana.
Foi também muito apreciada a teatralização
que focalizou a revolução nos costumes – não explicitada diretamente em idéias
e em escritos – e que antecede e prepara o caminho para as grandes explosões
revolucionárias, como a Revolução Francesa de 1789, ou a Revolução bolchevista
de 1917.
Para ilustrar o processo de decadência do tipo humano
característico da Europa medieval até o ultra-revolucionário de nossos dias,
apresentaram-se personagens com trajes próprios às respectivas épocas: um cruzado
do século XIII, um aristocrata do Ancien Régime – era que antecedeu a Revolução Francesa – um
burguês da Belle Époque,
um agitado administrador contemporâneo, e, finalmente, um punk.
Cada um desses personagens surgia no palco ao som de
música típica de sua época. Em seguida, ele sentava-se em móvel ou algo do
gênero, adequado ao respectivo tempo: majestoso banco da era do apogeu medieval,
cadeira aristocrática estilo de Luís XVI, poltrona de couro superconfortável,
cadeira giratória de escritório e, por fim, grosseira almofada jogada ao
chão, como o mais recente estilo de assento.