Catolicismo, N° 447, Março 1988, pág. 18 (www.catolicismo.com.br)

Em apoio aos países bálticos escravizados, estandartes tremulam na 5ª Avenida

 

TFP Norte-Americana em campanha de apoio à independência dos Países BálticosNOVA YORK — Os estandartes rubros com o leão rompante voltaram a tremular na 5ª. Avenida e outras ruas centrais desta capital, por ocasião da campanha promovida pela TFP norte-americana, em solidariedade à Lituânia, Letônia e Estônia, países bálticos atualmente sob o jugo soviético.

Jovens sócios e cooperadores da entidade distribuíram ao público mais de 300 mil exemplares de um manifesto, que focaliza a situação dramática dessas infelizes nações, as quais obtiveram suas independências em relação ao império russo, logo após a I Guerra Mundial. Entretanto, tal liberdade foi esmagada em 1941, com a invasão de tropas soviéticas, que colocaram os mencionados países na órbita do Cremlin.

Apesar das quase cinco décadas de opressão, vários sintomas de vitalidade anticomunista vêm sendo notados nas três nações bálticas. Para a Lituânia, país de maioria católica, o regime moscovita enviou, em meados de fevereiro último, uma tropa de 10 mil soldados, que se dirigiram à capital, Vilna, e a Kaunas, a segunda cidade lituana, a fim de conter quaisquer manifestações anti-russas, por ocasião do aniversário da independência da nação. O fato foi noticiado pelo importante jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

Além da referida manifestação de solidariedade aos países bálticos, a TFP, em seu documento, apresenta um categórico protesto dirigido à Organização das Nações Unidas, em virtude dessa violação da liberdade, e ressalta o descrédito que atinge o tão propalado recuo do comunismo russo, propagado em escala internacional por Gorbachev sob as denominações de glasnost e perestroika.

Convidando o público norte-americano a apoiar a causa dos países bálticos e manter-se vigilante frente às investidas do comunismo internacional, conclui o documento da TFP norte-americana:

"Amigo Americano, nunca se esqueça de que a queda das grandes potências não se deve frequentemente à falta de homens, recursos e armas, mas sim à falta de vigilância.

"Que Deus conceda copiosamente à nossa nação as virtudes da sabedoria e prudência, sem as quais nenhum pais, embora poderoso e organizado, pode evitar os abismos da História".