Plinio Corrêa de Oliveira
São Luís, Rei de França: majestade, calma, segurança e determinação no Rei cruzado
Catolicismo, N° 617 - Maio de 2002 (*) |
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A imagem que se encontra na parte exterior da célebre Sainte Chapelle, em Paris, dá bem, a meu ver, ideia de quem foi São Luís IX. Vê-se nele indiscutível majestade real. Não a majestade de um soberano agressor e anexador de terras que não lhe pertencem. Mas a de um Rei defensor tranquilo e firme de seus direitos. Seguro da convicção de que tem o direito de mandar sobre as terras que recebeu de seu antecessor. Neste sentido, um monarca guerreiro, que vai à guerra se necessário — como é seu dever — para manter a integridade do seu reino. Desta forma, a sua fisionomia traduz uma determinação, uma decisão, que é muito bonita.
A coroa que encima sua fronte não atingiu todo o desdobramento das coroas posteriores. Mas o tamanho das flores-de-lis e do diadema lhe dá uma beleza tal, que se pode questionar se as posteriores coroas, fechadas e encimadas por uma cruz, são realmente mais belas do que esta. A coroa, mais a fisionomia, mais a atitude do corpo dão a impressão de uma calma, uma segurança na defesa de seus direitos, que marcam bem o Rei cruzado, o Rei batalhador. Ele teve que empreender guerras numerosas durante seu reinado, mas soube orientar essas pugnas de tal maneira, que não só saiu vitorioso nelas, mas até mais: na relatividade das coisas da Idade Média, pode-se dizer que seu reinado foi um reinado de paz. (*) Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio para sócios e cooperadores da TFP em 12 de abril de 1989. Sem revisão do autor. |