Plinio Corrêa de Oliveira

 

Amor sem limites à Cátedra de São Pedro, ou seja ao Papa, à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana

Conferência de 17-1-1966

 

A Igreja comemora no dia 22 de fevereiro a festa da Cátedra de São Pedro. A propósito de tão memorável data, segue a transcrição de um comentário do Prof. Plinio: 

É por um desígnio soberano de Deus que a cidade de Roma foi escolhida para ser a cidade do Papa. Era uma cidade estratégica, onde o benefício da salvação podia tornar-se mais geralmente conhecido. Daí vem a celebração da Cátedra, que se trata de venerar. Posta no ponto nevrálgico e no centro de influência do mundo, a Cátedra "inoculou" a regeneração católica, a verdadeira fé, e disseminou a Igreja.

Quando se fala de Cátedra de São Pedro, alude-se naturalmente ao móvel que constitui essa cátedra. Na Igreja de São Pedro há uma cátedra de bronze, feita por Bernini. Dentro encontra-se o pequeno trono de madeira que São Pedro usava em Roma, e que até hoje se conserva para veneração dos fiéis.

Simbolicamente, cátedra lembra poder, instituição, Papado, Pontificado. Recorda a continuidade dessa instituição mantida por tantos homens, tão diferentes, que a têm ocupado. Lembra o supremo governo da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, lembra a cabeça da Igreja. Se as vicissitudes humanas podem dar-lhe brilho maior ou menor, ou até rodeá-la de trevas, essa Cátedra é sempre a mesma. E o supremo governo da Igreja é a sua Cabeça, que sobretudo deve ser amada quando se ama a Igreja.

Portanto, nosso amor à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana — que é um amor absolutamente sem limites e acima de todas as coisas da Terra — deve incidir especialmente sobre o Papado e a Cátedra de São Pedro, qualquer que seja o seu ocupante. Porque esse é Pedro — a quem foram dadas as chaves dourada e prateada (símbolos do poder espiritual e temporal) — a quem nós, em espírito, osculamos os pés, como expressão de homenagem e de adesão, porque em relação à Cátedra de São Pedro nosso amor, nossa obediência e veneração absolutamente não têm limites. Eis o que é especialmente conveniente acentuar sobre a Cátedra de São Pedro. 


[Nota: Para aprofundar o tema, vide “O Cruzado do século XX – Plinio Corrêa de Oliveira”, Roberto de Mattei, Civilização Editora, Porto, 1997, Cap. VI, 1. "Credo in unam sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam"]


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