Aula X - O objetivo do demônio com a revolução igualitária é introduzir a desordem no universo e destruir a obra de Deus

Resumo das aulas anteriores

Consideramos o problema da desigualdade em duas partes bem distintas:

1- Há uma revolução igualitária no universo, que visa implantar a igualdade como um ideal, ou seja, a igualdade enquanto igualdade deve ser atingida e a desigualdade, enquanto desigualdade, deve ser rejeitada.

2- Na segunda parte deixei o terreno da pura doutrina, passando para o terreno dos fatos, mostrando como na criação feita por Deus, a variedade e a desigualdade são elementos que Deus pôs, para que o universo tivesse mais sua semelhança. Deus organizou o universo em três categorias bem diferentes: os Anjos, puros espíritos; os homens, espírito e matéria; os seres puramente materiais. Mostrei como em cada uma dessas categorias, Deus instituiu um número enorme de outras categorias.

Depois de ter mostrado que Deus fez isto, passei a mostrar porque Deus fez isto. Depois de haver mostrado a razão funcional disto, mostrei a razão de caráter propriamente filosófico e teológico que havia nisto. Por que Deus criou os seres desiguais? Por que criou os seres vários?

Concluímos que se Deus fez assim, a variedade e a desigualdade são necessárias para que a criação espelhe as perfeições de Deus com toda a perfeição.

A Revolução é um meio para se atingir o fim, que é a Desordem

Exemplo de uma pessoa falida: “Tudo perdido, o que me resta?”

O pensamento do demônio: “O que fazer durante a eternidade?”

A “psicologia” do demônio

A intenção do demônio: “ad maiorem Dei injuriam”

A terra, purificada depois do fim do mundo, dará glória a Deus

O plano do demônio

Para levar as almas ao inferno, o demônio quer tirar a beleza da criação material

O demônio tenta fazer desaparecer a idéia de desigualdade

Aplicação aos cinco transcendentais do ser

Aplicação aos três princípios fundamentais da ação

O demônio quer dar ao homem uma idéia completamente diferente destas realidades

A meta da Revolução

Resumo da aula

Resumo das aulas anteriores

Consideramos o problema da desigualdade em duas partes bem distintas:

1- Há uma revolução igualitária no universo, que visa implantar a igualdade como um ideal, ou seja, a igualdade enquanto igualdade deve ser atingida e a desigualdade, enquanto desigualdade, deve ser rejeitada.

2- Na segunda parte deixei o terreno da pura doutrina, passando para o terreno dos fatos, mostrando como na criação feita por Deus, a variedade e a desigualdade são elementos que Deus pôs, para que o universo tivesse mais sua semelhança. Deus organizou o universo em três categorias bem diferentes: os Anjos, puros espíritos; os homens, espírito e matéria; os seres puramente materiais. Mostrei como em cada uma dessas categorias, Deus instituiu um número enorme de outras categorias.

Depois de ter mostrado que Deus fez isto, passei a mostrar porque Deus fez isto. Depois de haver mostrado a razão funcional disto, mostrei a razão de caráter propriamente filosófico e teológico que havia nisto. Por que Deus criou os seres desiguais? Por que criou os seres vários?

Concluímos que se Deus fez assim, a variedade e a desigualdade são necessárias para que a criação espelhe as perfeições de Deus com toda a perfeição.

 

A Revolução é um meio para se atingir o fim, que é a Desordem

Passamos, então, para a terceira parte: por que razão o demônio quer destruir, tanto quanto possível, toda forma de desigualdade?

Quer dizer, após termos estudado o que constitui a ordem no universo, vamos dar agora a teoria da Desordem. Em que consiste esta Desordem, e por que o demônio a quer?

Depois disso, teríamos a dar a teoria da Revolução. A Revolução não pode estar separada da Desordem. A Desordem é um estado de coisas; a Revolução é um conjunto de movimentos que levam a este estado. A desordem é o fim; a Revolução, o meio. A teoria da desordem compreende uma teoria da Revolução. Contudo, a parte da Revolução não será dada.

O objetivo próximo de nossa demonstração consiste em saber o seguinte: por que razão o demônio quer a uniformidade e a igualdade?

Para vermos bem isto precisaríamos entrar naquilo que chamaríamos o “estado de espírito do demônio”. Para isto devemos considerar as coisas antropomorficamente falando.

 

Exemplo de uma pessoa falida: “Tudo perdido, o que me resta?

Imaginemos, por exemplo, um indivíduo que sofre.

Eu me recordo de um caso assim que sucedeu com um japonês que me alugava uma casa na rua Santa Efigênia. Estava ele com seus negócios em péssimo estado; ao mesmo tempo declarou-se um incêndio na casa dele. E ele, que já estava para falir, viu que sua mercadoria ia ser queimada e podia haver a possibilidade de dizerem que ele ia fazer uma falência fraudulenta. Portanto, além da desgraça da falência, teria contra si a desgraça da cadeia. Então, entrou na casa em chamas, tentando evitar o incêndio. No meio desse desastre, o teto em brasa caiu sobre ele, queimando-o bastante. Foi para o hospital, em mísero estado.

Colocado, agora, no caso dessa pessoa, deitada no hospital, falindo, pelo menos em sua convalescença, faria o raciocínio que todo o indivíduo que sofre um desastre faz: “Tudo perdido, o que me resta?” Para saber, com o que lhe resta, o que vai fazer. Por menos que seja, ele faz um raciocínio do que lhe resta.

 

O pensamento do demônio: “O que fazer durante a eternidade?”

Ora, isto se deu precisamente com o demônio. Fez ele aquela revolta contra Deus. Feita a revolta, foi precipitado na desgraça.

Evidentemente, consideradas as coisas do ponto de vista antropomórfico, o demônio fez o mesmo que aquela pessoa falida: “Tenho diante de mim a eternidade; o que fazer durante a eternidade?”

Naturalmente, a solução para ele só podia ser uma: um pequeno recenseamento.

- “Primeira coisa que me resta: o ser. Segunda coisa: a natureza angélica. Eu me tornei um precito, eu me tornei um ente péssimo, eternamente infeliz, mas continuo a ser anjo. E continuo a ter toda a lucidez, todo o poder que está ligado à natureza do anjo. Em terceiro lugar,  tenho uma certa liberdade de movimento. Além disso, posso aumentar essa liberdade de movimentos, multiplicando os pecados”.

Quando os homens aumentam o número de pecados, Deus dá ao demônio maior possibilidade de tentar os homens. Portanto, assim ele pode conseguir que sua liberdade de movimentos aumente.

- “Por outro lado, existe na obra de Deus algo que se poderia chamar um ponto fraco: são os homens. Contra os anjos, nada posso. Já estão confirmados em graça, não mais pecarão. Fazer mal à criação inanimada não me é desinteressante, mas não tem o interesse que me fornece jogar a minha capacidade de inteligência e de querer sobre a humanidade, que é o ponto fraco da criação. Ponto fraco, justamente, porque está em crise; ponto fraco porque é a parte que eu posso perder. Vou perdê-la!  Conjugo todos os meus elementos e me atiro sobre ela”.

Atira-se. Por que?

- “Afinal – poderia pensar o demônio – de que me vale atrapalhar a obra de Deus?” Debaixo de algum ponto de vista, um fracasso para o demônio. Sim, porque o demônio não pode eliminar Deus, não pode prejudicar em nada a glória intrínseca de Deus. Quanto à sua própria glória extrínseca, Deus a tira do inferno também. E, exatamente, o horror do inferno é uma coisa que dá glória à justiça de Deus. De maneira que ainda mesmo pecando, o demônio acaba tendo que dar glória a Deus.

Portanto, tudo quanto ele faça contra Deus, não pode deixar de reverter na maior glória de Deus.

Sendo assim, pergunta-se, de que adianta injuriar a Deus? Há um provérbio francês que diz: “Insultai o sol, ele brilhará apesar de tudo”. Ora, o demônio sabe muito bem que o que se dá com Deus é a mesma coisa; insultar a Deus dá na mesma. É uma ação péssima que faz, sinal da desordem eterna e inexorável em que se encontra.

Para entendermos isto é necessário sabermos quem é o demônio e qual o mecanismo de sua “cabeça”.

 

A “psicologia” do demônio

Para compreendermos o que está fazendo o demônio no inferno e porque tenta os homens, há uma primeira idéia que é preciso eliminar de nossa cabeça.

No tapa-vento da Igreja Imaculada Conceição havia uns quadrinhos extremamente piedosos, de arte popular a mais saborosa, representando um homem que está se perdendo e depois o homem no inferno. O primeiro quadro representa um quarto, grande cama com muitas cobertas, e o homem deitado. Demonstra a figura de um burguês abastado. De um lado há um padre incitando-o à penitência; de outro, o demônio horrendo mostrando, num espelho, refletida a figura de uma pastora.  E o homem tem um braço voltado para o padre e outro para a pastora, hesitante. Depois, o quadro da morte. Um fogo intenso e, mergulhados nele, muitos demônios, mas com cara de quem quer sair dali. Exatamente isto é que está errado.

Se há uma coisa que o demônio não tem é vontade de sair do inferno. Por maior que seja o horror que o demônio tenha ao inferno, ele não quer sair de lá. Ele foi para o inferno por um ato de vontade dele, um ato de revolta contra Deus. E ele permanece não só porque Deus, que o condenou a isto, não o deixa sair, mas também porque ele não quer sair. Sua vontade está fixada no mal. Ele odeia a Deus, e dEle não quer saber.

Posto isto, deve-se reconhecer que esta psicologia é perfeitamente besta, absurda e contraditória. É besta, porque a pessoa reconhece com clareza que se  voltou contra seu fim último, que errou e permanece nessa posição; é propriamente o que se poderia chamar uma atitude besta. É contraditória, porque não se compreende que a pessoa se coloque nessa contradição evidente em relação ao fim em que está. É absurda, porque ele fica dilacerado, coloca-se entre o fim para o qual foi criado e aquela infelicidade eterna que quer porque quer. Aqui está exatamente o demônio.

 

A intenção do demônio: “ad maiorem Dei injuriam”

Um ser que se coloca assim e que parte desse ponto, qual é sua intenção? Embora saiba que nada vai conseguir contra Deus, ele quer fazer o contrário da obra de Deus naquela parte da criação que ainda está sujeita a transformações e mutações, ou seja, a humanidade.

A intenção dele é de contrariar a obra de Deus nos homens, de levar o número maior de homens para o inferno, de fazer com que os homens que vão para o Céu sejam menos santos do que poderiam ser, e de algum modo também desfigurar a criação material, na medida em que ela possa dar glória a Deus. Tudo isto para agir segundo o lema do demônio “ad maiorem Dei injuriam”.

 

Exemplo: a saraivada de pedras de um bando de moleques

Para se compreender a posição do demônio é preciso imaginar certas atitudes que, às vezes, os homens têm. Vi, certa vez, uma cena que vou dar como exemplo.

Certa vez, no alto da serra, quando havia trens para Santos, certos passageiros desceram e cutucaram alguns moleques que estavam por ali. Os moleques se desagradaram com aquilo, começaram a resmungar, os passageiros entraram no trem e o trem partiu. Quando o trem já estava andando, os moleques lhe atiraram uma saraivada de pedras, embora sabendo que não o atingiriam. Eles sabiam ser aquilo uma tola manifestação de ódio, mas o desejo que tinham de manifestar o que tinham dentro de si, levou-os àquela ação. É uma forma de protesto inútil: o perfeito estado de espírito do demônio.

Uma vez que ele faz assim com Deus, concluímos que deve ter o seguinte desejo: nesta terra, campo de batalha entre Deus e o demônio, entre os Anjos bons e os anjos maus, temos duas coisas que interessam ao demônio: primeira, o homem; segunda, a criação material.

 

A terra, purificada depois do fim do mundo, dará glória a Deus

Sobre esta última é preciso dizer uma palavra.

Na Suma contra Gentiles, Santo Tomás trata da questão do fim do mundo. Depois de descrever o que vai suceder, pergunta o que vai ser feito, depois do fim do mundo, com os seres materiais. Santo Tomás diz que pertence à bondade de Deus não destruir esses seres que criou, que devem continuar a existir para sua glória. Assim, continuam a existir os astros e os corpos que Deus criou. E esse todo tripartite, que vem a ser os puros espíritos, o homem (misto de espírito e matéria) e a matéria, essa divisão em três continua a existir. Mas continua a existir em termos especiais. Haverá na terra um grande incêndio que destruirá os seres materiais susceptíveis de corrupção e de geração. Tudo quanto é vivo, em última análise, fica destruído nesse incêndio. E uma espécie de invariabilidade passará a reinar na terra, expulsando da terra tudo quanto possa ser morte ou imagem da morte. Os animais, as plantas, não mais existirão. Resta a terra, com as coisas que os homens fizeram na terra. E a unidade material contribuirá, a seu modo, para dar glória a Deus.

Na consideração dessas coisas os homens encontrarão mais um elemento para amar a Deus, embora já estejam no Céu.

 

O plano do demônio

Então, plano do demônio: fazer com que os homens vão o mais possível para o inferno, e as coisas boas que Deus colocou na terra, na criação, não sejam percebidas pelo homem, para evitar que o homem se edifique e santifique; fazer com que o homem, que por suas obras deveria completar a beleza da terra, não complete. Se ele puder também destruir alguma coisa feita por Deus, acaba destruindo.

Mas é preciso notar que as coisas materiais são muito secundárias. Para o demônio, o essencial é conseguir a alma humana, porque ela é, justamente, o centro da batalha.

 

Para levar as almas ao inferno, o demônio quer tirar a beleza da criação material

Uma das coisas que o demônio tenta fazer para influenciar as almas é, exatamente, apresentar uma visão do universo, onde as almas não percebam a variedade e a desigualdade, que são os elementos mais sensíveis que Deus pôs para no universo espelhar sua semelhança. Deus pôs sua semelhança no universo para que as almas se salvassem. Tirando da retina humana essa imagem do universo, o demônio tira esse bem às almas; prejudica-as, deste modo, facilitando sua condenação eterna. Assim, o demônio tenta apresentar um panorama da cultura o mais possível padronizado, igualitário.

Tem também, como intuito, fazer com que toda a vida humana seja influenciada por esse princípio de uniformidade, pela razão de que também as instituições consignando variedade, também as leis consignando variedade e hierarquia, toda forma de variedade no convívio humano conduz, naturalmente, para  a santificação.

Eliminando isto, e estabelecendo a uniformidade, o igualitarismo, extingue-se também a imagem de Deus.

Então: visão cultural do universo igualitária, padronizada, porque exatamente a variedade e a hierarquia são reflexos de Deus.

 

O demônio tenta fazer desaparecer a idéia de desigualdade

O demônio gostaria de apresentar ao homem uma visão da cultura que, tanto quanto possível, não destruísse [só] a idéia de variedade e hierarquia, mas destruísse a própria idéia do ser.

O demônio não pode, absolutamente, destruir o ser. Não tem poder, por exemplo, para fazer com que o material constante dessa campainha deixe de existir. Pode perder a alma de um homem, mas não pode destruí-la. Eliminar o ser como tal, não pode fazer.

Para reduzir até seus últimos porões a obra de Deus, para ele não bastaria lutar pela uniformidade contra a hierarquia, mas trabalhar pelo nada; trabalhar para que a idéia de ser ficasse completamente conturbada na mente humana. Teria então atingido os últimos porões de sua obra.

 

Aplicação aos cinco transcendentais do ser

Se tomarmos outro caminho, entenderemos melhor. É o caminho do que, em filosofia, se chama os cinco transcendentais. Todo ser – pelo fato de ser, pelo simples fato de que existe – tem cinco propriedades. Se o demônio chegar a incutir uma noção completamente deformada dessas cinco propriedades do ser no espírito do homem, conseguiu ele o último ponto de sua vitória. Essas cinco propriedades são:

1- Todo ser é uma coisa, é um ser. Por exemplo, este lustre existe; por isto é um ser. Não há uma coisa que existe e que seja um ente.

2- Todo ser é uno. Digamos, uma célula. Ela é una. Se ela se dividir, dá origem a dois seres. Uma laranja é una, pode ter partes que a constituam, tem gomos; nos gomos encontramos como que garrafinhas, etc. Mas isto tudo tem uma unidade dentro desse ser que é uno, que é a laranja.

3- O ser tem que ser alguma coisa. Um ser não pode ser algo desdeterminado, mas tem que ser determinado, tem que ser alguma coisa. Ou  ele tem que ser uma laranja, ou uma campainha, ou um anjo, ou um homem, ou uma nuvem. Mas não pode ser um ser que não seja nada.

4- Tem que ser verdadeiro. Tem que estar em harmonia com a idéia que dele tem a inteligência. Nisto está a verdade do ser.

5- Tem que ser bom. Todo ser, enquanto ser, é bom. O próprio demônio -  enquanto ser - é bom, enquanto anjo, enquanto natureza angélica, é bom.

 

Aplicação aos três princípios fundamentais da ação

Ao lado disto, o ser tem três princípios fundamentais de ação:

1- Princípio de contradição, pelo qual uma coisa não pode ser e deixar de ser.

2- Princípio de causa e efeito, pelo qual toda causa tem seu efeito, e todo efeito é produzido por  uma causa.

3- Uma finalidade. Todo ser tem que ter uma finalidade.

 

O demônio quer dar ao homem uma idéia completamente diferente destas realidades

O objetivo do demônio é exatamente dar ao homem uma idéia completamente de ponta cabeça sobre tudo isto; transfigurar completamente essas noções no homem, e até chegar a dar ao homem uma arte que – tanto quanto possível – negue essas coisas. Quando ele consegue isto, realmente ele atingiu seu fim. Pelo que o ser tem de mais fundamental, ele viciou essa idéia no homem. Então ele atingiu seu fim.

 

A meta da Revolução

Teríamos, então, a meta da Revolução bem estabelecida: criar uma situação cultural e uma ordem humana em que tudo isto estivesse completamente subvertido.

De que maneira poderíamos encontrar as manifestações disso na cultura moderna? É uma enunciação muito longa que deixaríamos para a próxima aula.

Resumo da aula

Deixaremos apenas aqui o princípio em sua última parte:

- O demônio tem como objetivo trabalhar ad maiorem Dei injuriam, embora ele saiba que nada pode fazer nessa direção de eficiente, porque não elimina a glória de Deus.

- De outro lado, ele pode diminuir a glória extrínseca de Deus, levando para o inferno as almas, que dariam maior glória a Deus se estivessem no Céu.

- Trabalhando nesse sentido ele quer, antes de tudo, falsear no homem a visão do universo como Deus o pôs, para que o homem nisto não encontre sua santificação. Ele, eliminando no homem esta visão do  universo, consegue seu objetivo, que é perder o homem.

- Para conseguir isto, tem ele que [subverter] no homem as noções exatas do ser e seus predicados, e das combinações dos seres em sua variedade e em sua hierarquia.

Conseguindo isto, conseguiu bem seu objetivo. As faculdades do ser que ele tem que transformar são os transcendentais do ser. Também é bom lembrar os três princípios de ação do ser. Como isto se aplica na cultura e na sociologia modernas ficará para outra aula.

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