Parte II

 

11. A comédia falimentar da ONU

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Em 1945, depois da Conferência de Yalta, foi aprovado o estatuto das Nações Unidas, nova organização internacional que deveria substituir a Liga das Nações. Desde o início, Plínio Corrêa de Oliveira previu que ela estava destinada a fracassar pelas mesmas razões que levaram à falência a Sociedade das Nações (141).

"A Organização da Nações Unidas está fadada ao insucesso, por causa do seu laicismo. (...)

"Só com a ‘ideia de Deus’ nada se faz. Primeiramente, porque Deus não é uma ficção, mas uma realidade, o Ser absoluto. Em segundo lugar, porque desde sempre os povos creram em Deus, ou ao menos em deuses, e nem por isso deixou de haver guerra. É no Cristianismo, que se deve encontrar o remédio. E Cristianismo significa Catolicismo.

"Se a ONU fosse constituída à sombra do Papado, sob a presidência do Vigário de Cristo, por povos cristãos, então a ordem universal não seria uma quimera. Mas nem todos os povos da ONU são cristãos, nem todos os povos cristãos são católicos. Nem todos os povos católicos são dirigidos por governos católicos, e nem é possível que num ambiente destes o Vigário de Cristo exerça uma influência eficaz.

"Nestas condições, o fracasso é inevitável. Já está, no cemitério da História, a defunta Liga das Nações. Ao lado dela, já está aberta outra campa: é para a Organização das Nações Unidas" (142). 

 

Assembléia Geral da ONU a 12 de outubro de 1960, em plena Guerra Fria, o representante das Filipinas faz um discurso contra a União Soviética (URSS). O líder comunista russo Nikita Kruchev pede, aos berros, para que o presidente daquela Assembléia chame à ordem (sic!) o delegado asiático, primeiro batendo o punho sobre a mesa, depois brandindo e batendo um de seus sapatos.

"Qualquer organização internacional que se afaste da idéia de Deus não pode deixar de conduzir ao domínio dos mais fortes sobre os mais fracos" (Plinio Corrêa de Oliveira, "Legionário", 16 de março de 1947)

 

Notas:

(141) Sobre a falência da ONU, sobretudo no que diz respeito à impotência para fazer frente aos crimes de guerra e aos genocídios modernos, cfr. Yves TERNON in "L'Etat criminel. Les Génocides au XX siècle" (Seuil, Paris, 1995), que oferece um quadro impressionante dos grandes extermínios em massa ocorridos no nosso século, do genocídio dos judeus ao dos arménios, dos cambodjanos aos povos dominados pelos soviéticos.

(142) Plínio CORRÊA DE OLIVEIRA, 7 dias em revista, in O Legionário, n° 762 (16 de Março de 1947). "A ONU ignorou pura e simplesmente a existência do Papado. Repudiou, pois, a única coluna sobre a qual se pode organizar normalmente o Direito Internacional. E fracassou como a Liga das Nações, pela mesma razão por que a Liga das Nações fracassou" (id., "Um ano em revista. A consolidação das instituições democráticas. A paz no mundo", in O Legionário, n° 752 (5 de Janeiro de 1947). Sobre a ONU cfr. também id., "A comédia da O.N. U.", in O Legionário, n° 704 (3 de Fevereiro de 1946).

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