Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Seriedade

 

 

 

 

 

 

Catolicismo, n° 485, Maio de 1991 (*)

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Nada é mais brilhante do que a seriedade.

A mais séria das pedras é o brilhante. Para quem sabe ver, o mais brilhante dos estados de alma é a seriedade.

A seriedade é hierárquica, visa os cumes, visa o absoluto.

O desejo do absoluto é o bater de coração da seriedade. É a alma da intransigência, o impulso da combatividade, a ponte do caminho.

A seriedade é o clima interior segundo o qual se ama a Deus.

Um amor não sério a Deus é como o sacrifício de Caim: um sacrifício não sério, de frutas podres, que exala uma fumaça e não sobe até o Céu.

O amor sério a Deus é como o sacrifício de Abel: queima a oferenda, cujo perfume se estende aos circunstantes e cujo fumo sobe ao trono do Altíssimo.

Aquele que quiser ser infeliz, evite a seriedade: a frivolidade, o vazio, o vácuo, a frustração, a derrota sentar-se-ão na cabeceira dele, e o acompanharão como fadas más, o dia inteiro.

Querendo ou não, todos estamos escrevendo nossas biografias. E no dia do Juízo, o volume é aberto e lido.

Deus toma profundamente a sério nossa falta de seriedade.

Seriedade digna, seriedade grave, seriedade gentil, seriedade respeitosa, seriedade afetuosa: é a verdadeira escola de viver. 

 

Acima, o Pont Neuf de Paris: seriedade grave, firme e forte da Idade Média

(*) Estas frases foram pronunciadas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em ocasiões diversas, e compiladas por CATOLICISMO, sem revisão do autor.


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