Tradizione, Famiglia,
Proprietà, Roma, Ano
2, N°. 5, Junho de 1996
Nápoles
Missa por Plinio Corrêa de
Oliveira
Uma solene Missa em sufrágio do Prof. Plinio Corrêa de
Oliveira foi celebrada na igreja de Santa Catarina em Chiaia,
no centro histórico de Nápoles, por iniciativa do Comitê de Honra pela
Beatificação da Venerável Maria Clotilde de Bourbon-Savóia, do qual era membro o grande pensador e
homem de ação brasileiro.
Ponto de referência da vida religiosa do bairro de Chiaia, a igreja de Santa Catarina é sobretudo conhecida
porque lá se acha sepultada a Venerável Maria Clotilde,
a desventurada irmã do rei-mártir Luís XVI da França.
Nascida em Versailles em
1759, Maria Clotilde esposou Carlos Emanuel IV de Savóia e com ele subiu ao trono da Sardenha em 1796.
Constrangidos a abdicar e depois a fugir de Turim das tropas jacobinas, o casal
real por fim veio a ter em Nápoles, onde Clotilde
morreu com grande fama de santidade, à idade de 42 anos.
Enterrada, na igreja acima mencionada, como terciária franciscana, a Rainha
da Sardenha foi declarada Venerável pelo Papa Pio VII, em 1808. O seu processo
de beatificação, suspendido em 1844 por motivos políticos, foi reaberto em
1972.
Recordando a figura do ilustre pranteado, o
celebrante, o Arcebispo [emérito de Lourenço Marques-Maputo
e cônego da Basílica de São Pedro, em Roma, Mons. Custódio Alvim Pereira],
afirmou na sua homilia: “Falar dos grandes homens e das grandes mulheres é
sempre muito difícil. Plinio e Clotilde, cada qual a
seu modo, nos servem de exemplo. É exatamente para tomar o exemplo dos grandes
personagens que nós cristãos os celebramos e os recordamos.
“Plinio – continuou Mons. Alvim Pereira – “era o
grande promotor e defensor da doutrina da Igreja, no campo político, social e
religioso. Não sem sofrer as contestações mais duras, as quais são o
certificado, o timbre das grandes missões.
“O ápice de sua obra é a fundação das sociedades Tradição, Família, Propriedade, hoje
esparsas em 26 países. Hoje, este trinômio –
Tradição, Família, Propriedade – é, nos cinco continentes, um ponto de
referência, um farol que, nas trevas do caos moderno, lança uma luz que orienta
os navegantes no mar tempestuoso deste triste século vinte”.
“Plinio – concluiu o celebrante – “era um homem de
Deus, pela devoção ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora. Viveu pela
Igreja. Por isto não constituiu família humana. Foi um grande ‘sacerdote’
leigo”.