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Plinio Corrêa de Oliveira AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZAÇÕES A arte moderna vista em alguns de seus piores aspectos
"Catolicismo" Nº 136 - Abril de 1962 |
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* * * Aí está "Catolicismo" com suas intolerâncias e suas alergias, dirá algum leitor idólatra da arte moderna. É preciso ver estas esculturas com olhos contemporâneos, compreender-lhes o valor recôndito, marchar com os tempos. Para que esse jornal reacionário há de estar sempre voltado para o passado? Os tempos das catedrais góticas, das Madonas de Rafael, dos minuetos e de "belle époque" já passaram. É preciso compreender a alma do homem moderno, assumi-la, e não enchê-la de baldões. Enfim, naveguemos para a frente nas águas encapeladas da História, e não para trás. Pois o que é monstruoso, isto sim, é querer restaurar um passado que não volta mais. * * * Caro leitor que defende tão fogosamente estes objetos, os quais realmente figurariam tão adequadamente em algum museu de sua bem-amada arte moderna: eles lhe parecerão surpreendentes se lhe dissermos o que são. O primeiro deles é um bronze proto-hitita encontrado na Ásia Menor. Os peritos lhe atribuem como data de origem, aproximadamente, o ano 2000 AC. O clichê número 2 é um bronze hitita de cerca de mil anos antes da era cristã. Foi descoberto na região do Tigre. É um pouco mais moderno que o anterior... O terceiro clichê é um riton em terra-cota, também hitita, da região de Hacem-Euyuk. Data igualmente de mil anos antes da Jesus Cristo. Nesta série, o auge da modernidade é representado pela última estatueta, pois tem "só" 2.760 ou 2.860 anos. É de bronze e provém da região de Gaziantep. Assim, eis o cunho reacionário da arte moderna bem posto em evidência. Nós queremos restaurar a civilização cristã. Ela visa a voltar mais atrás na História, e restaurar o mundo pagão. * * * Vemos daqui a atitude do caro leitor a quem nos dirigimos: indigna-se, profere exclamações, injuria o jornal, amarrota-o, joga-o de lado. Faz tudo, exceto produzir um argumento que nos refute com eficácia. Por que tanto furor contra nós? É que enunciamos um pensamento que desagrada a esse furibundo partidário da liberdade de pensar. |