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Plinio Corrêa de Oliveira AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZAÇÕES PEQUENO SINTOMA DE UMA GRANDE TRANSFORMAÇÃO
"Catolicismo" Nº 22 - Outubro de 1952 |
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egundo a doutrina da origem divina do poder, aqueles que exercem legitimamente funções de mando fazem-no em nome de Deus. O detentor legítimo da autoridade - qualquer que seja seu titulo ou seu cargo - tem um poder que lhe vem do alto, que transcende do próprio homem, o que dignifica quem manda e quem obedece. Esta transcendência deve exprimir-se por formas sensíveis. Os símbolos do poder devem, portanto, ser próprios a incutir respeito. E quando a natureza do cargo comporta o uso de traje próprio, deve este ter uma distinção correspondente às funções de quem o veste. * * * Pelo contrario, segundo a doutrina requintadamente revolucionária, da soberania popular, como o poder vem de baixo, não confere nenhuma superioridade. E, portanto, os que o exercem devem usar símbolos e - se for o caso trajes - que manifestem sua absoluta igualdade com os de baixo. * * * O primeiro uniforme da Guarda Civil de S. Paulo, por sua seriedade, distinção, sobriedade, conformava-se com o princípio que vimos de enunciar. Já o segundo traje traduz uma preocupação manifesta de atenuar as notas de superioridade do primeiro. E finalmente o terceiro parece ter requintado em relação ao segundo. Pequena manifestação do grande sopro de naturalismo pagão e igualitário que nestes dias de cataclismo vai varrendo o universo. * * *
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