Estes clichês ilustram bem
as considerações publicadas na 1a página deste número,
sobre os funerais e o luto.
Um, obra de Jean Fouquet,
representa os funerais do Étienne Chevalier, no século XV. O outro é
uma fotografia de um automóvel para transporte funerário, dos que
atualmente se usam em São Paulo.
Na cena medieval, o
transporte fúnebre é feito à mão, por personagens que caminham com
fisionomia compungida e passo cadenciado. O aspecto de conjunto do
cortejo é grave e solene, exprimindo adequadamente a terrível
majestade da morte.
Costumes sociais deste
feitio manifestam bem que o homem tomava perante a morte uma atitude
de cristão: nem fugia dela espavorido, nem procurava disfarçar sob
aparências anódinas o que ela tem de terrível. É que o filho da
Igreja crê na Redenção e na Ressurreição. |