Um comentário da TFP

 

 

 

 

 

Folha de S. Paulo, 23 de abril de 1985 – Opinião, pág. 3

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A Palavra do Leitor 

“A TFP custou por crer que o texto da nota da CNBB, publicado pela Folha em sua edição de 20 do corrente, exprimisse realmente o pensamento do ilustre órgão episcopal. Tal é, no texto, o acúmulo de afirmações carentes de realidade, bem como de apreciações unilaterais e apaixonadas.

“A TFP não renúncia à eventualidade de ainda fazer uma análise mais pormenorizada do pronunciamento da CNBB. Se ela o fizer, será entretanto fiel à sua inquebrantável tradição. Isto é, prestará à autoridade eclesiástica toda a medida de respeito e de obediência preceituada pelo Direito Canônico às entidades cívicas de inspiração católica.

“Desde já afirma a TFP estar, como sempre esteve, disposta a acatar a vigilância da Sagrada Hierarquia no concernente à Fé e aos costumes.

“Se a CNBB considera que a TFP emitiu algum conceito heterodoxo, ou praticou uma só ação que seja, na linha do comunicado de 19 de abril, queira especificar qual: a TFP, sem dúvida, acatará o reparo desde que provada a autenticidade do erro ou a iliceidade da ação impugnada.

“Entretanto, por um imperativo de justiça, não pode ela aceitar como válidas acusações vagas e genéricas como as – tão graves – do texto da CNBB. É indispensável especificar fatos e exibir provas.

“A enumeração de tais fatos e provas, a TFP aguarda, pois, com a consciência absolutamente tranqüila. E, ademais, disposta a defender sua honra perante a opinião pública, em toda a extensão do legítimo e do necessário. E isto ainda que – ó dor! – quando tal defesa deve exercer-se em relação a sagrados Pastores”.

Paulo Corrêa de Brito Filho, diretor de Imprensa da TFP (Capital, SP).


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