"Destemor não é radicalismo"

 

 

 

 

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Da obra “Meio século de epopéia anticomunista”, Editora Vera Cruz Ltda., São Paulo, 1980, pags. 392-393: 

TFP afirma: "Destemor não é radicalismo" (*)

No clima pré-eleitoral que o País vivia em 1978, movimentos de esquerda aproveitavam explicáveis descontentamentos populares, com o evidente intuito de provocar tensões, agitações e lutas de classe.

Para traumatizar as populações urbanas, esse método incluía a realização de grande número de manifestações de rua. É um processo clássico de escalada comunista.

A propósito, a TFP divulgou em setembro um comunicado no qual diz:

"A costumeira atuação da TFP em vias e logra­douros públicos pode facilmente ser aproveitada pelos agitadores esquerdistas como pretexto para arruaças, das quais eles culpem depois esta entidade.

Além disto, com tal pretexto mais facilmente poderiam criar obstáculos às autoridades, simulando ardilosamente não ter culpa pelas ocorrências.

Sendo este o jogo comunista do momento, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, tomou a iniciativa de determinar a suspensão provisória das atividades da TFP, nas vias e logradouros públicos de todo o País. E enviou telegramas ao Presidente Ernesto Geisel, ao Sr. Arman­do Falcão, Ministro da Justiça, bem como aos Ministros das Pastas militares, aos Ministros Chefes do EMFA e do SNI, inteirando-os da deliberação.

Esta atitude, a TFP a toma sem receio de parecer omissa. Inspira-a tão só uma visão sagaz e prudente da conjuntura atual.

Ademais, tem a TFP atrás de si um longo passado de destemor, sempre demonstrado dentro da lei. Des­temor que certa propaganda, várias vezes, tem tachado de radical ou extremista. Como se o destemor dentro da lei fosse simétrico com anarquia e subversão.

Pobre Brasil se seus filhos destemidos e ordeiros recuassem diante de "slogans" confusionistas.

E feliz do comunismo se só encontrasse diante de si opositores sem destemor".

Tendo acalmado, após as eleições, as manifesta­ções de rua esquerdistas, a TFP retomou as suas atividades normais de propaganda nas ruas e praças públicas de todo o País” (**).


Notas:

(*) Os comunicados da TFP (até o falecimento do Prof. Plinio, a 3 de outubro de 1995) obviamente externavam a posição da entidade e, portanto, de seu Presidente do Conselho Nacional.

(**) O documento foi publicado na íntegra, entre outros jornais, na “Folha da Tarde” de 8 de setembro de 1978).


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