O Congresso aprovou finalmente as reformas legais
necessárias à defesa do regime. Em torno do assunto, há muita coisa triste e
muita coisa louvável a dizer. O povo brasileiro precisa gravar fundo na memória
os nomes dos que o ampararam e dos que o traíram nas lutas e dores da hora
atual.
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Merecem o reconhecimento particular da Pátria os
deputados Furtado de Menezes e Polycarpo Viotti, de Minas Gerais; Magalhães de Almeida e Henrique Couto,
do Maranhão; e José Augusto Ferreira de Souza e Alberto Roselli
do Rio Grande do Norte. Eleitos quase todos pela Liga Eleitoral Católica,
tinham no entanto compromissos políticos com a minoria. Isto não impediu que,
pondo a paixão política abaixo do patriotismo e da Fé, votaram com o governo,
ou melhor votaram com o Brasil contra Moscou.
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Um católico ardoroso aceitou a incumbência de
representar a Ação Integralista na missa rezada na Igreja Ortodoxa pelas
vítimas da lei. Com as devidas ressalvas quanto às intenções desse gesto, não
podemos deixar de estranhá-lo...
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O Sr. Caio Prado Júnior é o maior herdeiro de São
Paulo, plutocrata pelos quatro costados, ligado pelo nascimento e pelo
casamento às mais ilustres famílias da aristo-plutocracia
paulista.
Feito comunista, esse líder da jeunesse dorée nem por isso abandonou o luxo
esplêndido de que sempre se cercou. E enquanto pregava a destruição da
propriedade e da família dos outros, continuou a fruir todas as amenidades da
sua fortuna e da sua vida doméstica.
Agora, em carta ao Deputado Ademar de Barros, o
jovem milionário comunista apela para o liberalismo de nossas leis, para a
generosidade de nossos sentimentos, para o apoio do burguesíssimo
P. R. P., no sentido de obter mais moderação no trato que recebe.
E nós lhe perguntamos: é em nome
da generosidade de sentimentos que ele e seus sequazes organizaram por toda a
parte o crime e o extermínio? Que tratamento nos dispensariam eles, se fôssemos
nós os vencidos e eles os vencedores?
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A polícia varejou a casa de um outro milionário
comunista. Em uma de suas gavetas, encontrou cartas subversivas e a planta de
um novo arranha-céu que o argentário ia construir
para aumentar suas posses, enquanto conspirava contra os dos outros.
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Vai intensa no Rio a campanha contra as atividades
comunistas do Sr. Pedro Ernesto. Iludem-se porém os que supõem que é só no Rio
que os assalariados de Moscou se aboletaram nos mais importantes e rendosos
cargos da Diretoria do Ensino. Leia-se a este propósito o excelente artigo que
o Sr. Prof. Van Acker publica em nosso
número de hoje sobre o valoroso sovietista Fernando
Azevedo.
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Aliás, parece que o comunismo é, no Brasil, uma
doutrina aristocrática. Para prová-lo, bastariam os nomes dos Srs. Caio Prado
Jr. e Mangabeira, e dos magnatas burocráticos Anísio Teixeira e Fernando de
Azevedo.
Mas é muito mais longa, infelizmente, a lista dos
comunistas ilustres. Vem em primeira plana o Sr. Danton Vampré, detido no Presídio do Paraíso. Ao lado deste, os Srs. Leonidas de Rezende e Castro Rabello, detidos no Pedro I; do Sr. Gilberto de Andrade e Silva, que levou ao presídio o nome venerando de José
Bonifácio, de que descende; e da filha do ilustre Sr. Justo de Moraes, homem acatadíssimo por seu
saber e que traz o nome de Prudente de Moraes, um dos fundadores da República.
Entre os deputados que votaram contra as emendas
anticomunistas, figuram os Srs. Souza Leão e Rego Barros, portadores de nomes pernambucanos históricos, e o jovem
plutocrata (...) Aldo Sampaio, o afidalgado
representante baiano Pedro Calmon, os riquíssimos Mangabeiras, o não menos rico e elegante
Henrique Dodsworth, etc., etc.
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A expressão particular de nosso pesar recai sobre
os deputados paulistas Cincinato Braga, Castro Prado, Macedo Bittencourt, Dias Bueno, Alves Palma, Felix Ribas, e dos deputados Laerte Setúbal e Jorge Guedes, quase todos plutocratas, e três dentre eles
particularmente favorecidos com votos católicos.
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E o que diria Jackson de Figueiredo se, levantando-se
da sepultura, visse o Sr. Arthur Bernardes votando pela
liberdade aos comunistas?
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Cumpre assinalar que um sacerdote acusado de
cumplicidade com os comunistas, o Padre Manoel de Oliveira, há muito tempo está inteiramente desligado de qualquer
atividade religiosa e privado de ordens. Assim, seu gesto não envolve, como
aliás seria absolutamente evidente, qualquer responsabilidade da Santa Igreja,
que já o onerou com as mais pesadas penas canônicas.
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Parece-nos que os católicos não deveriam dar
crédito às denúncias contra o governador Juracy Magalhães, acusado de atividades subversivas. S. Ex.a se tem mostrado fervoroso católico, e teve, no
Congresso Eucarístico Nacional, conduta exemplar.
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Há grande agitação entre os católicos
norte-americanos porque o governo do seu País continua a estimular as
perseguições religiosas no México.
Quando se deu a Guerra do Chaco, toda a América interveio para evitar o derramamento de
sangue de nossos irmãos. Mas ninguém se incomoda com o sangue derramado no
México. É sangue de católico, e para esse sangue parece não haver piedade...
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Também na Alemanha, continuam as celebrações pagãs e as prisões de Bispos.
Mas “l'Eglise est une enclume qui a usé
bien de marteaux” [a
Igreja é uma bigorna que gastou muitos martelos]. Na França, o Presidente da República acaba de entregar o Chapéu
cardinalício a Monsenhor Maglione, a quem ofereceu depois soleníssimo
almoço. República Francesa de Combes, de Gambetta, de Franz onde estás?
Um dia virá em que sobre os escombros do hitlerismo,
do comunismo, do obregonismo mexicano, perguntaremos
triunfantes: Calles, Hitler, Lenin,
Stalin, Lunatcharshz, onde estais? E só nos
responderá o silêncio dos túmulos.