URUGUAI

 

Uma força jovem empolga nação de grande porvir

 

 

COM SUA BELA CAPITAL, Montevidéu, e um dos mais altos níveis de vida da América do Sul, rendosas exportações de lã e carne, segurança bancária a toda prova e estabilidade nas instituições, o Uruguai, na primeira metade deste século, era qualificado como "a Suíça sul-americana".

Isto não quer dizer que não houvesse pinceladas sombrias no quadro uruguaio de então, pois em 1911 o governo de José Battle y Ordoñez havia efetuado reformas socialistas, estatizando serviços e certas indústrias. Disto resultou que, nos anos 60, pelo menos um terço da população trabalhava no funcionalismo público. O Uruguai foi um dos primeiros países do continente em que o divórcio foi introduzido (1907), e recentemente, os filhos naturais foram equiparados aos legítimos.

Após oferecer aos países vizinhos o espetáculo de certo liberalismo, de considerável prosperidade e de grande tranqüilidade, coube ao Uruguai estadear o quadro oposto: instabilidade, crise econômica e forte ameaça esquerdista.

A indústria tornou-se ineficiente e obsoleta, muitas fábricas fecharam; o desemprego provocou um surto emigratório para os países vizinhos. Cores mais carregadas vieram incorporar-se a esse novo quadro: começou, no fim dos anos 60, a atuação guerrilheira, lucidamente qualificada pela TFP uruguaia de "show tupamaro". A ela se seguiram o regime militar (1973) e a redemocratização, efetivada já na década de 80.

À jovem TFP uruguaia, benemérita de várias campanhas anti-esquerdistas na História recente da nação vizinha, coube efetuar uma denúncia que calou fundo na opinião pública do País. Ela o fez através do livro Esquerdismo na Igreja: companheiro de viagem do comunismo – editado também na Espanha – que a tornou conhecida e admirada, granjeando-lhe um cabedal de confiança que cresceu sempre ao longo de suas campanhas até os dias de hoje, em que promove a denúncia de certos abusos do poder sindical uruguaio.

 

*    *    *

 

Em maio de 1967, discute-se no Uruguai um projeto de lei intitulado Reforma das Estruturas Agrárias. Entra na liça um grupo de jovens, que se posiciona frontalmente contra tal projeto. Ele difunde o opúsculo Reforma Agrária, falso enunciado e falsa solução para o Uruguai, e defende a propriedade privada ameaçada. Conta com uma carta de apresentação de Mons. Antonio Corso, Bispo de Maldonado-Punta del Este.

A entrada em cena de tais jovens provoca certo rebuliço. O Senador Wilson Ferreira Aldunate, autor do projeto, se sente na necessidade de tentar refutar o opúsculo, havendo debates pela imprensa, pela TV e no Parlamento.

Foi assim que experimentou suas armas o Núcleo Uruguayo de Defensa de la Tradición, Familia y Propiedad, fundado pouco antes, em Montevidéu. Movia-o para a luta o estudo do livro Revolução e Contra-Revolução, do–fa–ia8Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, nome já bastante conhecido no País, entre outras razões por ter feito, anos antes, memorável discurso em Montevidéu, a convite do Conselheiro Benito Nardone, membro e ex-Presidente do governo colegiado do Uruguai (*).

(*) Esse discurso, pronunciado em maio de 1962 para os mil participantes do Congresso Ruralista, teve como tema o livro Reforma Agrária – Questão de Consciência, e foi transmitido para todo o País pela Rádio Rural.

 

O projeto do Senador Aldunate não é aprovado pelo Congresso, e assim o Núcleo TFP marca sua primeira vitória.

 

1967

 

Estandartes ao vento

AGOSTO – A TFP uruguaia desfralda pela primeira vez em público seus rubros estandartes com o leão rompante, na Exposição Rural de "El Prado", onde divulga exemplares do opúsculo acima citado.

 

OUTUBRO – A TFP difunde nas ruas de Montevidéu a edição argentina do livro Frei, o Kerensky chileno, de Fábio Vidigal Xavier da Silveira, diretor da TFP brasileira (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 3).

 

Comemoração lutuosa

NOVEMBRO – Ao cumprir-se o 50º aniversário da revolução bolchevista na Rússia, o núcleo TFP manda celebrar Missa pelas vítimas do comunismo em todo o mundo e pela libertação de todas as nações subjugadas por ele.

 

 

1968

 

JULHO – O Núcleo TFP coleta 37.111 assinaturas para a Reverente e Filial Mensagem a S.S. Paulo VI contra a infiltração comunista na Igreja (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 1).

 

 

Sacerdotes subversivos?

MARÇO – Os jovens integrantes do Núcleo TFP difundem no Uruguai a interpelação da TFP argentina a conhecidos Sacerdotes terceiro-mundistas daquela Nação. O documento é esclarecedor para os católicos uruguaios, que vêem desconcertados como também em sua Pátria certos Sacerdotes favorecem a subversão comunista tupamara.

 

"Stand" em "El Prado"

AGOSTO – O Núcleo TFP, pela segunda vez, monta um stand na Exposição Rural de "El Prado", agora divulgando, entre outras obras, o best-seller Reforma Agrária – Questão de Consciência (edição argentina). A repercussão é excelente.

 

AGOSTO – A revista "Lepanto", do Núcleo TFP, em seu número zero, reproduz os estudos sobre o IDO-C e os "grupos proféticos". A revista é difundida em campanhas de rua em Montevidéu e doze cidades do interior. O bispo de Maldonado, Mons. Corso, referindo-se a "Lepanto", afirma: "É para mim uma satisfação abençoar vossa empresa de autênticos cavaleiros cristãos" (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 2).

 

 

1970

 

Agitação rural e urbana

 MARÇO – Integrantes do Núcleo TFP realizam tournée pelos departamentos do Litoral e do Norte, proferindo conferências e projetando audiovisuais sobre suas atividades para um público numeroso e atento. Um ato na praça principal de Bella Unión congrega 500 pessoas. Essa propaganda é muito oportuna num momento em que a agitação rural e urbana – especialmente a guerrilha dos "tupamaros" – comove o País, atemorizando e silenciando aqueles que deveriam reagir.

 

Fundação

MAIO – No dia 13, festa de Nossa Senhora de Fátima, constitui-se a Sociedad Uruguaya de Defensa de la Tradición, Familia y Propiedad. Nesta ocasião, se inaugura uma nova sede social.

 

OUTUBRO – A TFP divulga pelas páginas de "Lepanto" o artigo de Plinio Corrêa de Oliveira Toda a verdade sobre as eleições no Chile. Uma "caravana" da sociedade percorre as cidades de Artigas, Bella Unión, Rivera, Tacuarembó e Mello, difundindo tal estudo (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 3).

 

 

1971

 

Autêntico, cristão e forte

ABRIL – Realiza-se em Tacuarembó o 1º Congresso Anticomunista da TFP uruguaia, reunindo jovens de Artigas, Montevidéu, Rivera, Mercedes, Salto e Tacuarembó (1). As resoluções do encontro, difundidas nas ruas da cidade, são posteriormente publicadas na revista "Lepanto", sob o título Por um Uruguai autêntico, cristão e forte.

(1) Cfr. "El Dia", Montevidéu, 14-4-71.

 

 

Crepúsculo artificial

JUNHO – Associando-se às demais TFPs, "Lepanto" reproduz um manifesto intitulado As eleições de abril, mais uma etapa no crepúsculo artificial do Chile. O documento analisa como se fabricou a vitória eleitoral marxista nesse País.

O mesmo número de "Lepanto" estampa ainda o primeiro de uma série de quatro opúsculos intitulados Diálogos sociais. Destes, seriam feitas duas edições: uma primeira de 10 mil exemplares (1971) e outra, em 1980, de 4 mil exemplares por opúsculo (total: 16 mil exemplares).

 

Inconformidade e plebiscito

NOVEMBRO – Durante a campanha para as eleições presidenciais, é publicado em "Lepanto" e na imprensa de Montevidéu (2) o manifesto A TFP ao povo uruguaio – Proclamação de inconformidade e apelo ao plebiscito. O texto – baseado em documentação segura e muito bem ilustrado com caricaturas – deplora atitudes e declarações de candidatos de todos os partidos, favoráveis, embora com matizes diferentes, às reformas de estrutura socialistas e confiscatórias exigidas pelos tupamaros. Ao mesmo tempo, garante que a grande maioria da Nação não é comunista, não se sentindo interpretada por esses políticos. A Sociedade propõe a realização de um plebiscito. Em 20 dias de campanha em 18 cidades, são vendidos 10 mil exemplares da revista, provocando enfurecida reação de minorias esquerdistas. Estas, em várias oportunidades, chegaram à agressão, levantando a indignação do público, que apoiava a ação da TFP. Na cidade de Mello, por exemplo, a população obriga os baderneiros a operar prudente retirada.

(2) Cfr. "El País", Montevidéu, 16-11-71.

 

 

Nazistas e comunistas

NOVEMBRO – Para desmascarar a tática usada pelo comunismo, que pretende imobilizar seus adversários chamando-os de nazistas ou fascistas, a TFP difunde nos meios estudantis o folheto Ser anticomunista é ser fascista? Nele se demonstra que fascismo e comunismo são verso e reverso da mesma moeda, sendo ambos contrários à doutrina católica.

 

 

1972

 

Ufania de ser católico

MARÇO – Derrotada nas eleições de novembro do ano anterior a Frente Ampla (coligação de partidos de esquerda), inicia-se o Governo de José Maria Bordaberry. A TFP publica em "Lepanto" e difunde o manifesto A ufania de ser católico. Nele, referindo-se às eleições, pondera que "embora se tenha ganho uma batalha, deve-se cuidar de que não nos seja arrebatada a vitória, pois o inimigo saiu derrotado, mas não se deu por vencido".

 

Quem foi vencido triunfa?

NOVEMBRO – O manifesto intitulado A TFP ao povo uruguaio – Vários aspectos da realidade nacional (3) sustenta que os tupamaros passaram pelo cenário político uruguaio como um automóvel em alta velocidade, deixando, juntamente com uma esteira de sangue, um rastro de poeira tóxica que demora em baixar, a qual está trazendo para o comunismo o que os tupamaros não conseguiram diretamente obter. "Permitiremos que os tupamaros, mesmo vencidos, triunfem?, pergunta a TFP.

(3) Cfr. "El País", Montevidéu, 23-10-72; "La Mañana", Montevidéu, 27-11-72.

 

1973

 

Autodemolição

MARÇO – Sob os auspícios da TFP uruguaia, publica-se no principal jornal de Montevidéu o manifesto A autodemolição da Igreja, fator de demolição do Chile (4), que a TFP andina divulgou em jornais de seu País.

(4) Cfr. "El País", Montevidéu, 3-3-73.

 

 

A propriedade é um roubo?

JULHO – Este é o título de um Diálogo Social publicado pela TFP uruguaia. Sob a forma de conversas entre pessoas do povo, nela se explana a doutrina social católica a respeito da propriedade privada. Seu texto é publicado por partes em jornais de Montevidéu e do Interior. São divulgados 10 mil exemplares sobretudo em campanhas de rua, que são noticiadas por meio de anúncios (5).

(5) Cfr. "El País", Montevidéu, 3, e 27-7-73; "El Dia", Montevidéu, 27-7-73, entre outros.

 

Proclamando, fora do coro

SETEMBRO – Após a queda do Presidente marxista do Chile, e fingindo ignorar a miséria em que jazia o povo daquele País, políticos e esquerdistas em geral se solidarizam com Allende. Alguns o fazem apelando para a legalidade constitucional; outros, para a solidariedade internacional em relação à revolução marxista. Contrastando com esse coro, a TFP ergue sua voz para proclamar que se regozija porque no Chile caiu a tirania marxista (6).

(6) Cfr. "El País", Montevidéu, 16-9-73.

 

 

Na exposição de Tacuarembó

SETEMBRO – A TFP instala stand para propaganda de suas obras e atividades na Exposição Rural de Tacuarembó.

 

Nem eleições, nem universitárias

SETEMBRO – O setor universitário da TFP publica pela imprensa (7) e distribui nas Faculdades de Montevidéu manifesto assinalando que as eleições universitárias "não são nem eleições nem universitárias", e afirma que a esquerda oculta suas verdadeiras intenções e seus autênticos fins ideológicos. A declaração, atacada pela imprensa esquerdista e elogiada por "El País" (8), foi objeto de debates na TV, com ativa participação dos universitários da TFP.

(7) Cfr. "El País", Montevidéu, 3-9-73.

(8) Cfr. "El País", Montevidéu, 10-9-73.

 

 

 

1974

 

ABRIL – A TFP uruguaia publica na imprensa a Declaração de Resistência (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 4).

 

Grave arbitrariedade de Presidente eleito por voto anticomunista

MAIO – No dia 7, sócios e cooperadores da TFP estão nas ruas de Montevidéu difundindo número de sua revista "Lepanto" sobre o fracasso do socialismo no Chile, quando são surpreendidos – e com eles a opinião pública do País – por uma medida do Presidente Bordaberry, decretando a proibição das atividades públicas da Sociedade. O decreto governamental afirma, em sua exposição de motivos, que todo extremismo – atribui esta característica à ideologia e propaganda da TFP – conspira contra o clima de paz e tranqüilidade necessário para alcançar o desenvolvimento e a unidade do País.

Numerosos órgãos de imprensa procuram calcar aos pés a reputação da TFP, sem que seus sócios e cooperadores tenham sequer a possibilidade de se defender publicamente. Integrantes da Sociedade, no exercício do mais elementar dos direitos que é o da legítima defesa, entregam no dia 10, no Palácio do Governo, uma respeitosa mas enérgica carta ao Chefe da Nação. Nela, os jovens da TFP deploram profundamente que informantes do sr. Presidente lhe hajam dito que a ideologia que a entidade difunde seja extremista. Com efeito, toda a doutrina contida em suas publicações não é senão a doutrina tradicional da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.

Considerando a questão sob seu verdadeiro aspecto, trata-se de saber: a) se a doutrina da TFP é ortodoxa; b) se a doutrina ortodoxa é extremista.

Os jovens da TFP pedem ao Presidente que lhes seja restituída a liberdade de ação, dando por explícita ou implicitamente aceitas as considerações da carta. Mas não são atendidos.

 

Nas ruas, emudece a voz da TFP

AGOSTO – Encontrando-se na inusitada situação de não poder fazer campanha nas ruas, a Sociedade se dedica à oração, ao estudo e ao recrutamento de novos membros. É freqüente, nesses dias, que seus cooperadores peregrinem a pé, em recolhido silêncio, pelas ruas de Montevidéu, de sua sede até a Catedral, para rezar junto a Nossa Senhora da Fundação, vinculada à capital uruguaia desde seus primórdios. Ao mesmo tempo, começam a editar neste mês seu boletim informativo "La TFP en 30 dias", enviado por correio a seus amigos e simpatizantes em todo o País.

 

Mons. Parteli, a TFP e os "tupamaros"

SETEMBRO – No dia 7, a TFP dirige uma carta ao Arcebispo Coadjutor de Montevidéu, Mons. Carlos Parteli, na qual diz ter tido razões para esperar que seu coração de Pastor se comovesse pela injusta disposição do Governo Bordaberry, que há quatro meses cerceava a liberdade de palavra e de ação pública da Sociedade. Essa esperança – acrescenta a carta – é especialmente forte ao se observar o grande zelo demonstrado pelo Prelado ao defender, em passado recente, os direitos humanos dos terroristas tupamaros.

A bem de sua reputação, no dia 16 de setembro, a TFP divulga em Montevidéu (9) a carta que enviara ao Presidente Bordaberry (10-5-74).

(9) Cfr. "El País", Montevidéu, 16-9-74.

 

 

Mons. Parteli mais uma vez nada responde

DEZEMBRO – Ante o silêncio glacial de Mons. Parteli, cheia de perplexidade a TFP dirige ao Arcebispo nova carta, a qual também fica sem resposta. Nela afirma que o silêncio do Prelado se apresenta como algo ainda mais arbitrário que o próprio ato governamental. E pede ao Arcebispo uma palavra de compreensão e alento, concluindo que se essa palavra não fosse dita, constaria na História do Uruguai que as portas do Arcebispado se mantiveram fechadas para os adversários do comunismo, enquanto sempre se abriram solicitamente aos demolidores do que resta da civilização cristã (*).

(*) As duas cartas a Mons. Parteli e a carta ao Presidente Bordaberry foram publicadas como apêndice do livro Esquerdismo na Igreja: "companheiro de viagem" do comunismo na longa aventura dos fracassos e das metamorfoses.

 

 

 

1975

 

ABRIL – Em declaração publicada pela imprensa, a TFP uruguaia exprime sua indignação pela queda do Cambodge (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 7).

 

Nas ruas

OUTUBRO – Em carta dirigida à TFP, o Ministro do Interior, Gen. Hugo Linares Brum, autoriza a difusão pública do opúsculo Simples relato do que se passou em Fátima quando Nossa Senhora apareceu, do Eng. A. A. Borelli Machado. A TFP volta às ruas do Uruguai depois do inusitado decreto presidencial, encontrado a clássico boa acolhida por parte da opinião pública. 3 mil exemplares da obra se escoam, em Montevidéu e no Interior.

 

A Independência

DEZEMBRO – "Lepanto" consagra número ao Sesquicentenário da Independência, difundindo-o em Montevidéu e outras cidades do País. A publicação analisa o legado da civilização cristã que o Uruguai recebeu, e aponta para o futuro glorioso que o espera, juntamente com as nações irmãs.

 

 

1976

 

MARÇO – A TFP põe à venda nas principais livrarias de Montevidéu a edição argentina da obra A Igreja do silêncio no Chile – a TFP proclama a verdade inteira (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 8).

 

A TFP denuncia os eclesiásticos demolidores

DEZEMBRO – Edição e venda nas principais livrarias e quiosques de Montevidéu do livro Esquerdismo na Igreja: "companheiro de viagem" do comunismo na longa aventura dos fracassos e das metamorfoses, de autoria da Comissão de Estudos da TFP uruguaia. A obra, de 384 páginas, fundamentada em mais de 300 documentos e ilustrada com numerosas fotografias, tem duas edições nacionais e uma na Espanha, num total de 11 mil exemplares. Analisa ela a crise religioso-ideológica do País nos últimos dez anos, em função das violentas tensões causadas pelo comunismo. Na conclusão, o livro estuda o conflito existente entre a conduta dos eclesiásticos que qualifica de demolidores, baseando-se na Doutrina Católica e no Direito Canônico.

Por fim se dirige aos Bispos e Sacerdotes, pedindo-lhes que não se recolham em cômodo silêncio.

Durante dois meses, a obra conquista o primeiro lugar de vendas nas livrarias de Montevidéu e Punta del Este. A segunda edição é vendida também nas ruas de trinta cidades do interior do País. O vivo interesse do público se reflete nas numerosas cartas de leitores sobre o polêmico estudo, publicadas nos jornais. A imprensa dedica vários editoriais à obra. É expressivo que na seção "Lo más leído" ("O mais lido"), de "El País" (10), o livro apareça em primeiro lugar.

(10) Em 6-2-77.

 

Diante da grave denúncia da TFP, o progressismo guarda silêncio.

Em junho de 1977, a Editorial Fernando III, el Santo, de Madrid, em colaboração com TFP-Covadonga, lança a obra na Espanha.

 

 

1977

 

JULHO – A TFP uruguaia envia telex a Paulo VI a respeito do discurso de S.S. por ocasião da entrega de credenciais pelo Embaixador brasileiro (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 9).

 

OUTUBRO – A TFP uruguaia envia a Paulo VI e a Carter telex pedindo interfiram a favor dos vietnamitas fugitivos do comunismo (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 9).

 

Sem idealismo?

OUTUBRO – Estudantes universitários e secundários da TFP distribuem amplamente nos colégios de Montevidéu um Apelo aos jovens que têm sede de ideal. Nele, convidam a juventude a não se deixar levar por uma vida cômoda e sem idealismo, mas, pelo contrário, a assumir o compromisso de serem construtores de um Uruguai que seja a "anti-Cuba da América Latina".

 

 

1978

 

Mais divórcio?

MARÇO – Difusão nas ruas de Montevidéu do manifesto A TFP ante o divórcio – Se se trata de reformar, reforme-se com sabedoria e dignidade. O que os uruguaios têm direito de esperar das autoridades civis e eclesiásticas (11).

(11) Cfr. "El País", Montevidéu, 14-3-78.

 

O documento analisa um projeto de reforma da lei de divórcio (vigente no Uruguai desde 1907), que está sendo discutida no Conselho de Estado, para ampliar as já numerosas causas de separação.

A TFP dirige um apelo ao Episcopado, pedindo filialmente que se pronuncie de modo claro e categórico sobre as conseqüências religiosas e morais do divórcio, uma vez que em sua recente Pastoral, os Srs. Bispos se limitaram a fazer "reflexões" e a expor suas "preocupações" ante a reforma projetada.

 

Vital ajuda ao comunismo

MAIO – Publicação na imprensa da declaração Anticomunismo concessivo e objetante ou anticomunismo vigilante e previsor. Reflexões da TFP ante a atual conjuntura (12). Nela se sustenta que o comunismo está plenamente consciente da vital ajuda que os concessivos lhe proporcionam e, por isto, com suma habilidade, os estimula.

(12) Cfr. "El País", Montevidéu, 6-5-78.

 

AGOSTO – Divulgam-se em Montevidéu os artigos de Plinio Corrêa de Oliveira a respeito do Conclave (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 10).

 

Parcialidade

AGOSTO – Entrevistados pelo jornal "El País" (13), os jovens diretores da TFP chamam a atenção sobre a parcialidade da "campanha pelos Direitos Humanos", que parece ignorar o drama dos náufragos que fogem do Vietnã e faz silêncio sobre os demais crimes cometidos pelo comunismo em Cuba e detrás da cortina de ferro.

(13) Em 6-8-78.

 

"Reis magos com estandartes vermelhos"

DEZEMBRO – Sob este título, "El País" (14) noticia a entrega em orfanatos de Montevidéu dos donativos coletados pela TFP uruguaia para o Natal das crianças pobres.

(14) Em 16-1-78. Ver também "El País", 26-12-77.

 

 

 

1979

 

"Cristã ousadia"

JULHO – Secundaristas da TFP editam a revista "Cristiana Osadía", publicação muito bem ilustrada que versa temas de interesse da juventude.

 

OEA: autoridade em matéria de "direitos humanos"?

NOVEMBRO – Em comunicado de imprensa divulgado em Montevidéu (15), a TFP protesta energicamente contra a moção aprovada na reunião da OEA em La Paz, na qual esse organismo formula "um apelo ao Governo Uruguaio para que siga integralmente as medidas recomendadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)". A declaração se refere ao caráter incongruente e omisso das atitudes assumidas pela OEA em defesa dos direitos humanos, quando tais direitos são violados por países comunistas.

(15) Cfr. "El País", Montevidéu, 11-11-79; "La Mañana", Montevidéu, 16-11-79.

 

 

 

1980

 

MAIO – Ante o drama de milhares de cubanos que irromperam na Embaixada do Peru em Havana, a TFP envia telex a João Paulo II pedindo sua intervenção (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 9).

 

"Noite Sandinista"

MAIO – Por iniciativa da TFP, publica-se em Montevidéu (16) e divulga-se nas ruas um resumo da reportagem Na "noite sandinista": o incitamento à guerrilha, que analisa declarações de sandinistas "cristãos" incitando a "esquerda católica" à guerrilha, no Brasil e na América espanhola. Em março de 1981, a entidade volta a divulgar o trabalho em campanhas públicas, com repercussão na imprensa (17).

(16) Cfr. "El País", Montevidéu, 25-5-80.

(17) Cfr. "El Dia", 8-3-81; "El País", Montevidéu, 10-3-81.

 

 

Consulta constitucional, a palavra da TFP

NOVEMBRO – Em A TFP e a Consulta Constitucional – Comunicado ao povo uruguaio (18), faz-se detida análise do projeto submetido a referendum pelo Governo, especialmente no que diz respeito à família, ao ensino e à propriedade.

(18) Cfr. "El País", Montevidéu, 23-11-80.

 

 

1981

 

Medíocres, mediocratas

JULHO – Após as eleições na França, o boletim "Tradición, Familia y Propiedad", da TFP uruguaia, reproduz os artigos de Plinio Corrêa de Oliveira A rosa e o punho e Medíocres e mediocratas, nos quais o catedrático paulista analisa as razões pelas quais muitos eleitores, sem serem socialistas nem comunistas, votaram entretanto nas esquerdas.

 

 

1982

 

JANEIRO – Publicada em Montevidéu a Mensagem das TFPs a respeito do socialismo autogestionário francês. Em março se publica o comunicado O punho estrangulando a rosa (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 12).

 

Antigo se torna moderno

JANEIRO – "Tradición, Familia y Propiedad" publica matéria com o título Nos Estados Unidos, terra da modernidade, o antigo está se tornando moderno. O boletim é divulgado em campanhas de rua.

 

JUNHO – A TFP uruguaia publica a declaração da coirmã argentina alertando sobre o perigo da ajuda russa à nação vizinha a pretexto da guerra das Malvinas (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 13).

 

Disputa de pessoas

NOVEMBRO – Na atual encruzilhada nacional, a TFP alerta – autodemolição religiosa – vazio ideológico – crise econômica, é o título do manifesto publicado na imprensa (19) e difundido pelos cooperadores da Sociedade nas ruas de Montevidéu. O documento se refere ao desinteresse geral que cerca o processo eleitoral, no qual aparentemente existe muito mais uma disputa de pessoas que de idéias. Adverte que uma aparência de êxito da esquerda nessas eleições não será senão "uma derrota do vazio e uma vitória de ninguém".

(19) Cfr. "El País", Montevidéu, 5-11-82.

 

 

1983

 

Seguindo a cruz

ABRIL – O boletim "Tradición, Familia y Propiedad" publica, nesta Semana Santa, as meditações sobre a Via Crucis, de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

 

JULHO – A TFP uruguaia telegrafa ao Presidente Reagan protestando pela nomeação de Kissinger como assessor para a América Central (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 14).

 

Caráter subversivo

SETEMBRO – A TFP chama a atenção do público, em seu boletim informativo, sobre o caráter subversivo do organismo SERPAJ (Servicio, Paz y Justicia) respaldado pela Hierarquia eclesiástica. O texto, amplamente difundido, cita vários documentos eclesiásticos recentes.

 

Rio de Sangue

DEZEMBRO – A TFP uruguaia organiza reunião para amigos, simpatizantes e colaboradores, com a finalidade de projetar o audiovisual Rio de Sangue, documentário sobre a expansão do comunismo em todo o orbe, suas táticas, seus crimes.

Neste mesmo mês, ante caluniosas afirmações dos semanários esquerdistas "Jaque" (20) e "Convicción" (21), que  – sem  prova alguma – apontavam a Sociedade como autora de certas cartas e volantes apócrifos contendo ameaças a órgão de imprensa e sindicatos, a TFP publica categórico desmentido (22), alertando, ademais, os uruguaios de que tais imputações gratuitas colocam em evidência a verdadeira orientação dos referidos semanários.

(20) Em 1º-12-83.

(21) Em 2-12-83.

(22) Cfr. "El País", Montevidéu, 23-12-83 e "El Debate", 28-12-83.

 

 

1984

 

Intromissão diplomática

MARÇO – Ao expirar o tempo de sua missão diplomática no Uruguai, o embaixador da França (governo Mitterrand), Sr. Pierre de Boisdeffre, faz declarações que significam clara intromissão nos assuntos internos uruguaios (23). Por este motivo, a TFP envia carta ao diplomata, na qual protesta por tais declarações. O texto é publicado no boletim da TFP.

(23) Cfr. "El Día", 30-3-84; "Búsqueda", 4-4-84.

 

 

Espantalhos

ABRIL – No momento em que a campanha eleitoral se torna mais intensa, e ante o panorama ideológico-político que se vai delineando, a TFP lança novo e oportuno manifesto: Os partidos marxistas, espantalhos necessários para a vitória da esquerda moderada. O documento mostra que, repetindo os vícios do passado, os partidos Colorado e Blanco não representam verdadeiras alternativas ideológicas, mas, em substância, são modalidades de esquerdismo socializante. E, nessa conjuntura, os partidos marxistas são os espantalhos que possibilitam a vitória da esquerda moderada.

 

Perplexo e irresoluto

OUTUBRO – Aproximando-se as eleições, em novo esforço de esclarecimento da opinião pública, a TFP edita o livro El Uruguay: el gran proscripto de los adalides de la desproscripción (Uruguai: o grande proscrito pelos próceres da anistia). Paralelamente, são distribuídos volantes contendo um resumo da obra, em formato de carta dirigida "ao Sr. Perplexo Confundido e à Da. Irresoluta Desconfiada". A Sociedade visa alertar a opinião a respeito das manobras que estão sendo utilizadas no período eleitoral, pretendendo levar o Uruguai rumo a um socialismo que a maioria rejeita.

A TFP lança uma campanha nacional de esclarecimento, na qual uma "caravana" percorre 5 mil km. em apenas três semanas, divulgando 5 mil exemplares do livro e cerca de 100 mil exemplares das cartas. É digna de registro a carta de apoio do sacerdote Andrés Moreno Losa, publicada em "El País" (24) com o título Cavalheiros de capas vermelhas.

(24) Em 12-11-84.

 

Kremlin aplaude perseguição

DEZEMBRO – A TFP uruguaia publica o comunicado Sobre o estrondo anti-Resistencia na Venezuela – O Kremlin deixa cair a máscara e canta vitória (25).

(25) Cfr. "El País", Montevidéu, 5-12-84.

 

 

1985

 

Ideologia atrai

NOVEMBRO – Na cidade de Minas, a TFP projeta o audiovisual Rio de Sangue. Seiscentas pessoas, das quais 70% são jovens, lotam a sala de espetáculos. O mesmo interesse se revela pouco depois na cidade de Young (Departamento de Rio Negro).

 

 

1986

 

JANEIRO – O Uruguai se vê abalado por numerosos rumores concernentes à exibição do filme blasfemo Je Vous salue, Marie. A TFP uruguaia leva a cabo uma campanha contra a apresentação dele, que não teve lugar (ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 17). 

 

Até o "Pravda" reconhece

MARÇO – "TFP Informa" reproduz matéria extraída da própria imprensa russa, reconhecendo o fracasso da economia soviética.

 

TFP afirma: o Uruguai não está em paz

 OUTUBRO – Ante a acesa controvérsia nacional relativa à conveniência ou não de se abrir processos tendentes a investigar e julgar supostos culpados por delitos cometidos durante a repressão anti-subversiva, a TFP lança, no dia 17, o manifesto Na contenda sobre a anistia, o bem comum é o grande esquecido (26).

(26) Cfr. "El País", Montevidéu, 17-10-86.

 

Nesse pronunciamento, a Sociedade aponta um irrealismo político presente na maioria dos que têm tratado do assunto: imaginar que o Uruguai está em paz, quando na verdade vive uma situação de armistício.

 

Atentado criminoso confirma denúncia

OUTUBRO – Na madrugada do dia seguinte (27), uma bomba de alto poder explosivo, colocada por desconhecidos, explode na sede social da TFP, provocando numerosos danos. A Sociedade repudia publicamente a covarde agressão, que vem confirmar a afirmação de seu manifesto, de que o Uruguai está numa situação de armistício, não de paz (28).

(27) 18 de outubro.

(28) Cfr. "El País", "El Dia" e "El Diario", todos do dia 19-10-86; "éltimas Noticias", 20-10-86, entre outros.

 

 

1987

 

Em doze emissoras a "Via Sacra" composta pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

ABRIL – Atendendo ao pedido de algumas rádios do interior, a TFP uruguaia prepara, por ocasião da Semana Santa, um programa contendo o texto da Via Sacra de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Doze emissoras o levam ao ar.

 

Vinte anos de luta, o mérito é reconhecido

MAIO – Com a presença de autoridades nacionais, representantes das Forças Armadas, embaixadores e figuras de relevo da sociedade uruguaia, a Associação Cultural Oriental promove homenagem a instituições e personalidades que se destacaram por seus serviços à comunidade. Entre os homenageados, está a TFP que, na pessoa de seu vice-presidente, recebe a Medalha ao Mérito Oriental 1987. Tal ato coincide com o vigésimo aniversário da fundação da entidade, amplamente noticiado pela TV e pelas rádios.

 

As coisas por seu nome

MAIO – A Rádio Rural, no programa As coisas por seu nome (29) irradia prestigioso programa sobre o que é a TFP, quais os seus fins e suas atividades.

(29) Em 13-5-87.

 

 

Uma vitória da Cruz

JUNHO – A TFP emite comunicado de imprensa, irradiado em vários informativos, congratulando-se com os legisladores que votaram pela permanência do monumento à Santa Cruz, erigido por ocasião da visita de S.S. João Paulo II ao Uruguai.

 

A TFP denuncia "show" sindical

DEZEMBRO – A TFP lança o livro Show marxista-sindical escraviza operários, envenena relações sociais, "caotiza" o País, de autoria da Comissão de Estudos da entidade (30). Nele denuncia o fato de que a Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNT) é dominada pelo Partido Comunista e pelo Movimento Tupamaro – os terroristas dos anos 70 – que a instrumentalizam em favor do comunismo internacional. Prova, além disso, que a massa operária não adere à luta de classes nem odeia seus patrões.

(30) 240 pp. largamente ilustradas, sendo citados mais de 600 documentos.

 

Para divulgá-lo, a TFP desce às ruas, encontrando e celente receptividade. São distribuídos 40 mil volantes. A campanha repercute na imprensa, no rádio e em dois canais de TV.

 

 

1988

 

Amizade com torturadores e carcereiros

ABRIL – A TFP emite categórico protesto em nota de imprensa, face ao reconhecimento diplomático, por parte do Uruguai, do Governo da China comunista. O comunicado assinala a sintomática contradição da Chancelaria que é severa e implacável na defesa dos direitos humanos... nos países anticomunistas. Mas quando se trata da Rússia, da China, de Cuba ou da Nicarágua abandona tal preocupação e não titubeia em ostentar amizade para com os torturadores e carcereiros de seus respectivos povos (31).

(31) "Tradición, Familia, Propiedad", abril de 1988.

 

 

Tupamaros nas escolas

SETEMBRO – Estudantes secundários da TFP difundem em colégios de Montevidéu manifesto em que analisam as eleições para a diretoria da Federação de Estudantes Secundários (FES), em que levaram a melhor os adeptos do Partido comunista e do Movimento de Libertação Tupamaro. A declaração denuncia a falta de representatividade da FES, exprimindo seu desconcerto pela ausência de candidatos anticomunistas e por não  se haver divulgado as cifras totais dos resultados.

À míngua de argumentos, a esquerda reagiu apenas com insultos e empurrões.

 

A mais recente metamorfose socialista

SETEMBRO – Edição especial de "Lepanto" – intitulada TFP denuncia: surge o moloch da neo-psico-ditadura por detrás do consenso – apresenta ao público uruguaio uma descrição sucinta da neorevolução socialista espanhola. Trata-se de um resumo do livro de TFP-Covadonga Espanha, anestesiada sem o perceber, amordaçada sem o querer, extraviada sem o saber – A obra do PSOE.

A TFP adverte que "existem vários sintomas de que este caminho parece estar sendo adotado nas três principais vertentes partidárias do Uruguai". O estudo é divulgado nas ruas e nas livrarias.

 

Protesto indignado contra a blasfêmia

NOVEMBRO – Por ocasião da estréia do filme blasfemo de Scorsese A última tentação de Cristo, a TFP realiza manifestação de protesto defronte ao cinema que o exibe, distribuindo folhetos, bradando slogans e portando grandes cartazes. Em comunicado de imprensa, a entidade põe em relevo que o caráter inopinado da estréia tornou inexequível um amplo debate em que aqueles que se sentem gratuitamente agredidos pelo filme pudessem fazer valer seus direitos.

A iniciativa da TFP repercutiu amplamente na imprensa oral e escrita (32).

(32) "El País", "Ultimas Noticias", "La Manana", "El Día", "La República", "Lea", "La Hora", todos de 11-11-88; "La República", 12-11-88; "La Nación", Buenos Aires, 17-11-88.

 

Sociedad Uruguaya de Defensa de la Tradición, Família y Propiedad

Presidente: Alberto Arcos Perez

Vice-Presidente: Alejandro Uranga Moyano

Secretário: Julio Burone Arias

Vogais: Héctor Beltramino Dillon, Santiago Burone Arias

Endereço: Javier de Viana 2384 – Montevidéu

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