14. TFPs telegrafam a Reagan sobre Kissinger, o homem símbolo de todas as vergonhas que o
Mundo Livre sofreu no Vietnã
O SR. HENRY KISSINGER é o homem público cujo nome
simboliza, aos olhos da opinião pública mundial, todos os desastres, todas as
vergonhas que o Mundo Livre sofreu no Vietnã, bem como todos os otimismos ingênuos, todas as imprevidências
políticas, todas as fraquezas e, mais ainda, todo o espírito derrotista que
conduziram à entrega daquela nação.
À vista desse fato, não podia senão causar profunda
preocupação às várias TFPs a designação do sr. Kissinger
para chefiar a comissão de alto nível incumbida de aconselhar o Governo
norte-americano na política para a América Central.
Razão pela qual as TFPs existentes nas três Américas
deliberaram telegrafar simultaneamente (1) ao Presidente Reagan,
ponderando que "o processo de vietnamização,
caracteristicamente comunista, se vai desdobrando cada vez mais no subcontinente centro-americano. Também na América do Sul,
as crises sócio-econômicas mais ou menos artificiais, as efervescentes
agitações urbanas, o alastramento das guerrilhas rurais, os rumores de tensões
e de guerras entre as várias nações, tudo impõe o temor de uma vietnamização a breve ou médio prazo.
(1) Em 21-7-83.
"Essa situação evidentemente só se torna possível
em razão da política, dia a dia mais ativa na Ibero-américa,
do poderio soviético, o qual nele move uma guerra psicológica incessante".
Por tudo isto, esperavam as TFPs que o Chefe de Estado
norte-americano encontrasse algum meio para dar solução à desagradável situação
inevitavelmente criada pela presença do sr. Henry Kissinger em tão altas funções. O que – asseverava o
telegrama – parecia "absolutamente indispensável para a preservação, na Ibero-América, da Fé, da paz e da prosperidade".
O documento foi publicado em importantes jornais
norte-americanos, tais como o "New York
Times" (2-8-83), "WashingtonTimes"
(25-7-83) e "Los Angeles Times" (3-8-83), e nas revistas "The Wanderer" (4-8-83) e
"Conservative Digest"
(julho/83), além de vários outros nos Estados de Connecticut,
Colorado, California, Louisiania,
Ohio e Kansas (2).
(2) "Arvada Sentinel" (Colorado), 28-7-83;
"Washington Times", 27-7-83; "Northpost
Journal", Long Island (Nova York), 29-7-83; "Bakersfield
Californian", 31-7-83; "The New York Times”, 2-8-83; “The Los Angeles
Times”, 3-8-83; “Wasco Tribune”, 3-8-83; "Arvin Tiller", 3-8-83;
"Lamon Reporter", 3-8-83; e "The
Shafter Press", 3-8-83, todos da Califórnia; "Kansas City
Kansan", 2-8-83; "Morning Advocate" (Louisiana), 22-8-83; "Buttonwillow Times", 3-8-83; "Bonner Spring
Chieftain" (Kansas), 3-8-83; "The News Times", Danbury
(Connecticut), 6-8-83; "The Journal", Cleveland (Ohio), 7-8-83;
"St. Mary's Star" (Kansas), 9-8-83; "The Action"
(Louisiana), 1º-9-83, e "The National Educator" de novembro de 1983.
No Brasil, o telegrama também repercutiu. "A
Cidade", de Ribeirão Preto (SP); "O Diário", de São Carlos (SP);
a "Tribuna Piracicabana" e o "Jornal
de Piracicaba" (SP); o "Monitor Campista", de Campos (RJ); o
"Jornal da Cidade", de Vitória (ES); "O Norte Fluminense",
de Bom Jesus do Itabapoana (RJ); a "Tribuna do
Ceará", de Fortaleza; o "Jornal do Povo", de Macapá, todos
publicaram o documento na íntegra.
A "Folha da Tarde", da capital paulista,
"Última Hora" e "O Dia", do Rio de janeiro, "O Estado
do Paraná", de Curitiba, estamparam um resumo. A "Gazeta do
Povo", da capital paranaense, e o "Correio Braziliense"
reproduziram o despacho procedente de Caracas, da Agência France
Press.
No Equador, o texto do telegrama saiu em "El
Comercio", de Quito, com muito bom destaque. Na Venezuela, foi publicado
por "El Universal", o jornal mais importante de Caracas, "La Religión", influente jornal pertencente à Arquidiocese
da Capital, e em "últimas Noticias", também da capital.
Mas a difusão na Venezuela foi ainda mais longe:
jovens venezuelanos difundiram o texto do telegrama em campanha de rua.
No Canadá, o telegrama foi estampado em "La Presse", Montréal, 6-8-83 e
"The Spectator",
Hamilton (Ontário), 18-8-83. O mensário "Speak Up", de Toronto,
também o fez, só que em sua página editorial.