Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Rica simbologia no reino animal

 

 

 

 

Catolicismo, N° 780, Dezembro de 2015 (*)

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O gato é um animal muito interessante. Ele representa a preocupação despreocupada: anda com ar de quem não tem nada a ver com aquilo que o circunda. Mas, de vez em quando, deita um olho para ver se tudo está em ordem e seguro. Ele não escorrega nunca, jamais cai. E se o derrubam, sempre cai de pé. 

Vale a pena observá-lo, sobretudo quando ele é novinho. Na medida em que o bichano vai ficando mais maduro, sua velhacaria não tem nome.

 

O gato parece-me muito expressivo. É o símbolo do diplomata entre os animais.

Há gatos lindos, com felpos muito bonitos. Os olhos dos gatos em geral são belos. Mesmo quando meio vira-latas, com uns olhos verdes com tom de uva ordinária, ainda assim eles são interessantes.

Alguém me dirá: “Mas o Sr. não o considera um animal antipático?”

Respondo: “Nem por isso eu deixaria de reconhecer que ele é interessantíssimo.” 

Gato vira-lata e gato educado. Cada um deles apresenta o seu interesse próprio

         

O gato vira-lata, de telhado, como que ostenta espírito de um D’Artagnan. Ele pula, ele se quebra e só não fica caolho. O resto, tudo acontece com ele. Como, por exemplo, num velho lobo do mar fica aquela fisionomia de quem enfrentou todos os mares, também assim o gato vira-lata enfrenta todas as noites, com suas incertezas.

Pelo contrário, o gato bem arranjado, de casa, é muito educado, limpo, embora falso. Ele finge ser amigo de quem o alimenta...

É inegável que o conjunto dessas características torna o gato um representante do reino animal imensamente interessante.

(*) Excertos da conferência para sócios e cooperadores da TFP, em 15 de outubro de 1993. Sem revisão do autor.


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