Plinio Corrêa de Oliveira
A graça da compreensão e da firme confiança no auxílio de Nossa Senhora
Santo do Dia, 24 de maio de 1964 |
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A D V E R T Ê N C I
A O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de
conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da
TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor. Se o
Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre
nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial
disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério
tradicional da
Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como
homenagem a tão belo e constante estado de
espírito: “Católico
apostólico romano, o autor deste texto
se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja.
Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja
conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”. As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui
empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em
seu livro "Revolução
e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº
100 de
"Catolicismo", em abril de 1959. |
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A respeito da festa de Nossa Senhora Auxiliadora, podemos dizer uma palavra no seguinte sentido: cada festa litúrgica que se dá na Santa Igreja tem como efeito que, nessa data, os fiéis podem receber graças que estão condicionadas e proporcionadas a essa comemoração. Em outras palavras, há algo de sobrenatural nesse dia pelo qual se recebe uma graça proporcionada a tal festividade. O que poderíamos pedir a Nossa Senhora em Sua festa de hoje? A graça da compreensão até onde Ela é auxiliadora. São Francisco Xavier, se não me equivoco, dizia que o pecado é um grande mal, mas que em si mesmo considerado, o pecado é a desconfiança em que o pecador fica em relação a Deus. Então o pecado das infidelidades crônicas que temos, dos pecados que cometemos no passado, da insatisfação que temos conosco mesmos, daí pode resultar uma espécie de desconfiança crônica em relação a Nossa Senhora. E não só em relação a Nossa Senhora, como em relação a Deus, a todos os Anjos e Santos. A idéia errada é: “sou tão ruim, pequei tanto, sou poca, não valho mesmo nada, que tenho medo de pedir auxílio”... Ora, é o contrario: porque preciso muito, eu devo pedir muito! É mais ou menos como se um leproso ou paralítico, dos que iam pedir a cura a Nosso Senhor, fizesse o seguinte raciocínio: “Eu sou tão leproso que nem tenho coragem de pedir a minha cura...” Então não terá mesmo. O raciocínio verdadeiro é o contrário: “Sou tão necessitado de cura, que o único jeito que tenho é pedir. E por isso eu vou pedir mesmo”. De maneira que nossas misérias são uma razão especial para pedirmos. E é a compenetração dessas verdades que deve dar à nossa vida espiritual aquela unção e aquela suavidade própria dos verdadeiros fiéis de Nossa Senhora. A graça que devemos pedir a Ela, portanto, é a compenetração dessas verdades: por maior horror que tenhamos aos nossos pecados e defeitos interiores, nem por isso deixa de ser verdade que levantando os olhos para Nossa Senhora, Ela nos atende. Essa confiança firme e inabalável é a graça que devemos pedir no dia de hoje. |