Plinio Corrêa de Oliveira
Os séculos do casamento estável
Catolicismo, N° 548 - Agosto de 1996 |
|
Gizante dos Condestáveis de Castella (catedral de Burgos, Espanha) Os séculos da verdadeira amizade, do casamento estável, constante, sério, levado até o fim da vida, foram os da Idade Média cristã. A era histórica da Fé Católica Apostólica Romana atuante e clara, sem medo de ostentar suas verdades, sem ocultá-las, sem diminuí-las e sem exagerá-las, foi a Idade Média. Como esses homens eram amigos entre si? Como o esposo e a esposa se queriam entre si? Impressionam as sepulturas medievais. Enquanto os cadáveres, em baixo, estavam entregues à corrupção dos corpos, sobre o tampo do sepulcro os gizantes representavam marido e mulher deitados. Se haviam sido nobres, com frequência ambos portavam a coroa correspondente ao grau de nobreza que possuíam. E o homem, se tinha sido guerreiro ou sobretudo cruzado, revestia-se de armadura e trazia ao lado sua espada. Tão grande era a união desses casais, que até na representação fria do mármore se notava. É edificante vê-los deitados, como quem dorme à espera da ressurreição dos mortos.
Gizante de Pepino o Breve e de sua esposa Bertrade de Laon (Basílica de Saint Denis, Paris) |